Novas regras mais rígidas para o uso de implantes hormonais foram anunciadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta segunda-feira (25/11).
Crédito: agência brasilDe agora em diante, será exigida uma receita especial contendo o Código Internacional de Doenças (CID), que especifica a condição médica tratada.
Crédito: Imagem FreepikDe acordo com a Anvisa, essa medida tem como objetivo reforçar a fiscalização e impedir a utilização dos implantes para fins estéticos, o que continua não sendo permitido.
Crédito: reprodução/tv globoEsses dispositivos, conhecidos como chips ou pellets, são uma forma reconhecida de administração de medicamentos, como no caso de implantes anticoncepcionais.
Crédito: DivulgaçãoJá os chamados "chips da beleza", hormônios voltados puramente para fins estéticos, ganharam popularidade nos últimos anos.
Crédito: DivulgaçãoEm outubro, a Anvisa determinou a proibição da manipulação, venda, publicidade e aplicação desses implantes para tais fins após relatos de associações médicas documentarem centenas de complicações decorrentes desse uso.
Crédito: Marcelo Camargo/Agência BrasilNa nova resolução, médicos que prescreverem implante de hormônio terão de fornecer uma receita para controle especial.
Crédito: FreepikA partir deste documento, as farmácias vão precisar cadastrar cada receita no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), facilitando o controle.
Crédito: Jefferson Rury Agência SenadoA receita também deve incluir o Código Internacional de Doenças (CID), identificando a condição médica que justifica o tratamento.
Crédito: FreepikAlém disso, será obrigatório anexar à prescrição um Termo de Responsabilidade, no qual o paciente é informado sobre os possíveis riscos e efeitos colaterais do implante hormonal.
Crédito: FreepikOutro ponto importante é que quaisquer efeitos adversos passam a ser de notificação obrigatória. Isso permitirá que os órgãos de saúde acompanhem melhor o impacto desses dispositivos, já que, até agora, as ocorrências eram consideradas subnotificadas.
Crédito: DivulgaçãoEntre os principais pontos da nova medida, destaca-se a proibição de propaganda relacionada a tratamentos com implantes hormonais, algo que era abertamente divulgado nas redes sociais.
Crédito: reprodução/redes sociaisEssa restrição se estende até mesmo à promoção desses tratamentos em cursos destinados a profissionais da área médica.
Crédito: Parentingupstream por PixabayEm nota enviada ao g1, a Anvisa reforçou que "apenas podem ser manipulados implantes hormonais contendo insumos farmacêuticos ativos (IFA) que já tiveram eficácia e segurança avaliadas pela Anvisa. Ou seja, medicamentos que tem ou já tiveram registro na Agência".
Crédito: reprodução/tv globoA Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), uma das entidades que solicitaram a proibição dos chamados "chips da beleza", considera essa regulamentação um avanço significativo.
Crédito: Divulgação"Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde", destacou a SBEM.
Crédito: Arek Socha por Pixabay"Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo", concluíram.
Crédito: Hush Naidoo Jade Photograph unplashOs chips hormonais, ou pellets, são reconhecidos pela ciência como uma forma válida de medicação, com alguns modelos aprovados pela Anvisa, como os implantes anticoncepcionais.
Crédito: DivulgaçãoNo entanto, seu uso foi suspenso em outros contextos porque não existem estudos que comprovem sua eficácia ou segurança para tratar determinadas doenças.
Crédito: DivulgaçãoDiferentemente de medicamentos regulamentados, esses implantes não passaram por todas as etapas de testes necessários para avaliar doses seguras, contraindicações e efeitos colaterais.
Crédito: DivulgaçãoUm exemplo é o chip de gestrinona, amplamente divulgado como tratamento para endometriose, apesar da ausência de pesquisas que confirmem sua eficácia ou segurança.
Crédito: DivulgaçãoEm 2021, a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) já havia alertado que não há evidências científicas que sustentem seu uso para essa condição, recomendando sua não utilização.
Crédito: DivulgaçãoAntes da nova regulamentação, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) criou um sistema voluntário para médicos notificarem efeitos adversos.
Crédito: orzalaga pixabayEm cerca de três meses, foram registrados 257 casos com efeitos colaterais, incluindo hipertensão, infarto, AVC e elevações nos níveis de colesterol e triglicérides.
Crédito: freepik peoplecreations