Uma gigantesca usina na Islândia faz desde 2021 um trabalho inédito de captura de dióxido de carbono (CO2) do ar, em parte de esforço para o combate ao aquecimento global.
Crédito: DivulgaçãoBatizada de Orca, nome do projeto de “captura aérea direta”, ela está instalada em região próxima à capital islandesa, Reykjavik.
Crédito: DivulgaçãoEste é o primeiro sistema viável no mundo capaz de extrair CO2 da atmosfera e armazená-lo debaixo da terra.
Crédito: DivulgaçãoA empresa suíça Climework é a responsável pelo projeto que captura quatro mil toneladas de CO2 por ano, quantidade equivalente a 900 automóveis movidos a gasolina, segundo reportagem da rede britânica BBC.
Crédito: DivulgaçãoNo processo, a Climeworks conta com a parceria da empresa islandesa Carbfix, que participa de um estágio da atividade.
Crédito: Instagram @climeworksO sistema é dotado de ventiladores que sugam o ar e fazem a retirada do CO2 por meio de produtos químicos.
Crédito: DivulgaçãoA usina é movida a energia geotérmica, matriz limpa que predomina na Islândia.
Crédito: Sigrg/Wikimédia CommonsNa Islândia, 87% das habitações são aquecidas por meio dessa geração energética renovável.
Crédito: visiticeland.comA técnica, porém, não funciona como substituta das medidas de redução das emissões de gases do efeito estufa, mas como meio complementar. Especialmente porque a capacidade de extração de CO2 é muito inferior às bilhões de toneladas que o mundo emite atualmente.
Crédito: Divulgação“Precisamos ter um papel ativo na limpeza de todo o desastre que temos deixado desde que a Revolução Industrial começou, mas não estamos aqui para substituir a redução de emissões”, frisou à BBC o Bryndis Nielsen, representante da Climeworks.
Crédito: DivulgaçãoDe acordo com a Agência Internacional de Energia, será necessário reduzir em 70 milhões de toneladas as emissões de gases do efeito estufa no planeta por ano até 2030 para cumprir as metas globais.
Crédito: pixabayNo dia 8 de maio de 2024 foi inaugurada a segunda planta comercial de captura direta de ar da empresa. Chamada de “Mammoth”, ela é dez vezes maior que a Orca.
Crédito: - Instagram @climeworksO Mammoth tem inicialmente 12 estruturas de filtragem do ar e capacidade para operar um total de 72 atuando na captura do CO2.
Crédito: DivulgaçãoA Climeworks diz que esse segundo sistema será capaz de capturar até 36 mil toneladas de CO2 anualmente, o que corresponde à emissão de 7.800 carros movidos a gasolina.
Crédito: DivulgaçãoA escolha da Islândia como território para instalação das usinas Orca e Mammoth tem relação direta com as características do subsolo do país nórdico.
Crédito: Wikimedia Commons/DickelbersA estrutura abaixo do solo islandês tem como principal componente o basalto, rocha de origem vulcânica que se encaixa à perfeição na necessidade de armazenar o CO2.
Crédito: Sigrg/Wikimédia CommonsO território islandês, no Atlântico Norte, ocupa uma ilha vulcânica, daí a presença farta da rocha originária dos derrames de lava dos vulcões.
Crédito: visiticeland.comA Carbfix, empresa que atua em parceria com a Climeworks, faz a injeção do CO2 retirado do ar misturado à água. No subsolo, o gás reage com as rochas basálticas e fica calcificado por milhares de anos.
Crédito: - Instagram @climeworksCofundador e CEO da Climeworks, Jan Wurzbacher declarou à CNN que empresa ambiciona incrementar sistemas que retirem até um milhão de toneladas de carbono do ar por ano.
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