Tapeçaria é uma arte: origem e estilos de tapetes pelo mundo

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A tapeçaria é uma arte milenar presente em diversas culturas ao redor do mundo. Os tapetes variam em estilo, material e técnica de fabricação, refletindo a história e as tradições de cada povo.

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De peças simples e funcionais a verdadeiras obras de arte, os tapetes desempenham papéis estéticos e práticos em muitos lares. Seu valor pode estar na complexidade dos padrões, na qualidade dos materiais ou na fama de sua origem.

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A origem da tapeçaria remonta a civilizações antigas como a persa, a egípcia e a chinesa. Registros indicam que tapetes eram usados há mais de dois mil anos para decoração, isolamento térmico e até como símbolos de status.

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O tapete Pazyryk, encontrado congelado na Sibéria e datado do século V a.C., é considerado o mais antigo do mundo. Com o tempo, a técnica se expandiu para a Europa e outras regiões, ganhando características próprias em cada cultura.

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Os tapetes podem ser classificados em vários tipos, como persas, kilims, shaggy, arraiolos e industriais. Geralmente, os tapetes são feitos de lã, algodão, seda e fibras sintéticas. A lã é muito utilizada por sua resistência e maciez, sendo comum em tapetes na Ásia.

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A seda confere um brilho refinado, tornando os tapetes luxuosos e delicados. O algodão é versátil, usado tanto em tapetes simples quanto em combinações com outros materiais. As fibras sintéticas, como nylon e poliéster, garantem durabilidade e fácil manutenção, sendo populares na indústria moderna.

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Alguns tapetes são considerados verdadeiras obras de arte, especialmente os tapetes persas, os de seda chineses e os franceses da manufatura de Aubusson. Essas peças possuem desenhos elaborados, muitas vezes inspirados em mitologia, natureza e religião.

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Além da beleza, a complexidade do trabalho artesanal e a qualidade dos materiais elevam seu valor. Museus e colecionadores valorizam essas peças, que podem alcançar preços altíssimos em leilões.

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A Tapeçaria de Bayeux, originária da França, é um patrimônio histórico devido à sua importância artística e documental. Criada no século XI, ela retrata a conquista da Inglaterra pelos normandos em 1066, narrando a Batalha de Hastings.

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Com quase 70 metros de comprimento, essa peça bordada não é exatamente um tapete, mas uma tapeçaria, usada para contar uma história visualmente. Sua riqueza de detalhes e seu valor histórico a tornam um dos maiores tesouros da Idade Média.

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Os tapetes têm diversas utilidades, desde decorar ambientes até proporcionar conforto térmico e acústico. Em casas e escritórios, eles ajudam a delimitar espaços, trazendo aconchego e elegância. Além disso, reduzem ruídos e protegem os pisos contra desgastes.

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Em algumas culturas, tapetes também têm funções religiosas, como os tapetes de oração islâmicos, usados para marcar o local e a direção da reza.

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Vários países são referência na produção de tapetes. O Irã, antigo império persa, é famoso por tapetes de altíssima qualidade, feitos à mão com padrões intrincados. São símbolos culturais e exportados para o mundo todo. Feitos com lã ou seda, os tapetes persas têm nós minuciosos e padrões complexos, como o famoso motivo floral e os medalhões centrais.

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Regiões do Irã como Isfahan, Tabriz e Qom são famosas por sua produção artesanal. Cada tapete pode levar meses ou até anos para ser finalizado, garantindo exclusividade e sofisticação.

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A Turquia é um dos grandes centros de tapeçaria, produzindo tanto tapetes de nós finos quanto os tradicionais kilims. Os tapetes de Hereke são os mais prestigiados, feitos com seda pura e desenhos altamente detalhados.

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Os kilims turcos são tapetes mais rústicos, sem pelos, confeccionados com técnicas de tecelagem plana. Além do uso doméstico, esses tapetes são populares como peças de decoração em todo o mundo.

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A Índia herdou a tradição da tapeçaria da Pérsia e desenvolveu sua própria identidade no setor. Os tapetes indianos são conhecidos pelos desenhos florais e palacianos, com influência mogol. Feitos principalmente de lã e seda, destacam-se por sua maciez e durabilidade.

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Cidades indianas como Jaipur, Agra e Varanasi são grandes polos de produção, e muitos tapetes indianos são exportados para a Europa e os Estados Unidos.

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A China produz tapetes de seda de alta qualidade, com bordados detalhados e cores vibrantes. Oschineses frequentemente apresentam motivos tradicionais, como dragões, flores de lótus e paisagens, destacando um estilo pictórico. Além disso, a China também fabrica tapetes modernos de lã e fibras sintéticas, combinando tradição e inovação.

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No Marrocos, os tapetes berberes são peças rústicas e autênticas, tecidas à mão por tribos nômades. Feitos de lã natural, geralmente em tons neutros, eles têm padrões geométricos simples, mas expressivos. São valorizados pela estética minimalista e aconchegante. Além dos tradicionais, há versões mais coloridas que fazem sucesso na decoração contemporânea.

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Outro tipo de tapete é o shaggy, com fios longos e macios, textura felpuda e confortável. Feitos geralmente de poliéster, polipropileno ou lã, são populares em diversos países, incluindo Brasil, Turquia e China, tanto de forma artesanal quanto industrial. Esses tapetes são muito utilizados em salas e quartos, pois criam uma atmosfera quente e sofisticada.

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Outro tipo é o arraiolo, bordado à mão sobre uma base de juta ou linho. Originários de Portugal, mais precisamente da vila de Arraiolos, possuem desenhos inspirados na arte islâmica e nos tapetes persas. Geralmente feitos de lã, apresentam padrões geométricos, florais e cores harmoniosas. Sua produção artesanal remonta ao século XVII.

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No Brasil, a tapeçaria tem forte influência portuguesa e indígena, refletindo na diversidade de técnicas e materiais. Tapetes de tear, como os de algodão e juta, são comuns no artesanato. Belo Horizonte e Campina Grande têm polos de produção. Além disso, a indústria têxtil nacional também fabrica tapetes sintéticos e industriais, atendendo ao mercado interno e externo.

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