Considerado um artefato pioneiro da nanotecnologia, uma taça romana de 1.600 anos que muda de cor desperta a curiosidade de especialistas.
Crédito: reprodução/youtubeChamada de Taça de Licurgo, o cálice romano do século IV apresenta propriedades ópticas únicas e provavelmente foi usado para ocasiões especiais.
Crédito: reprodução/youtube Canal History BrasilO cálice é decorado com uma cena mitológica, retratando o rei Licurgo da Trácia coberto por videiras.
Crédito: reprodução/youtube Canal History BrasilReza a lenda que a divindade ficou nessa situação depois de cometer atos malignos contra o deus grego do vinho, Dionísio.
Crédito: reprodução/youtube Canal History BrasilNo entanto, o que mais intriga não é a temática mitológica, mas sim sua capacidade de "mudar de cor": quando iluminado pela frente, apresenta um tom verde-jade, enquanto com luz traseira exibe um vermelho-sangue.
Crédito: montagem/British Museum Collection/Wikimedia CommonsO cálice, adquirido pelo Museu Britânico na década de 1950, permaneceu um mistério até 1990, quando fragmentos foram analisados sob um microscópio por pesquisadores na Inglaterra.
Crédito: wikimedia commons VassilEles descobriram que o vidro continha partículas nanométricas de metais, como prata e ouro, que explicavam o efeito óptico único.
Crédito: wikimedia commons JohnbodAs partículas moídas em tamanhos de 50 nanômetros eram menores que um milésimo de um grão de sal!
Crédito: Bruno por PixabayEssa mistura de metais faz os elétrons das partículas vibrarem, alterando a cor conforme a posição do observador.
Crédito: Milada Vigerova UnsplashEm entrevista à a revista Smithsonian, o engenheiro Gang Logan Liu, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, afirmou que "os romanos sabiam como fazer e usar nanopartículas para belas artes".
Crédito: reprodução/youtube Canal History BrasilEmbora o engenheiro não tenha tido acesso direto à Taça de Licurgo, ele sugeriu que o fluido dentro do cálice poderia influenciar o comportamento dos elétrons das nanopartículas, alterando sua cor.
Crédito: wikimedia commons JohnbodO processo seria semelhante ao método de detecção dos testes caseiros de gravidez feitos hoje em dia, por exemplo.
Crédito: Julia Fiedler - pixabayPara testar essa hipótese, sua equipe criou placas de plástico com nanopartículas de ouro e prata, imitando a composição do cálice.
Crédito: wikimedia commons ChappsnetAo adicionar diferentes líquidos, como água, óleo, e soluções de açúcar ou sal, observaram mudanças de cor: água gerava tons verde-claros, enquanto óleo produzia vermelho.
Crédito: reprodução/youtube Canal History BrasilEsses experimentos confirmam que os romanos, mesmo sem o conhecimento atual, eram capazes de criar objetos nanotecnológicos avançados.
Crédito: reprodução/youtube Canal History BrasilCompreender melhor essas técnicas pode inspirar novas aplicações, como dispositivos para detecção de patógenos na urina ou na saliva, além de poder impedir o transporte de líquidos perigosos em aviões.
Crédito: PixabayA nanotecnologia é definida como a manipulação de matéria em escala atômica e molecular, com dimensões que variam entre 1 e 100 nanômetros.
Crédito: KKOLOSOY PixabayUm nanômetro equivale a um milionésimo de milímetro, o que destaca o quão pequena é essa escala.
Crédito: freepikEmbora seja um campo que se desenvolveu muito nas últimas décadas, essa é uma prova de que vestígios de aplicações nanotecnológicas podem ser encontrados até mesmo em civilizações antigas, como a romana.
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