Tábua com ‘primeira reclamação da história’ remonta a 4 mil anos

Crédito: Divulgação/Museu Britânico

Considerada por muitos o primeiro “livro de reclamações” da história, uma tábua de argila escrita há cerca de 1.750 a.C. é uma das atrações do Museu Britânico.

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O objeto foi encontrada nas ruínas da cidade de Ur e tem cerca de 12 cm de altura, 5 de largura e quase 3 de espessura.

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Nela, um comprador reclama de um vendedor que lhe entregou lingotes de cobre de má qualidade e ainda o tratou com falta de respeito.

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A mensagem vem da Babilônia, onde hoje fica o Iraque, uma região que já era um importante centro comercial na antiguidade.

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Em 1967, o livro "Letters from Mesopotamia", esccrito pelo especialista em civilizações antigas Leo Oppenheim, reuniu 150 cartas que mostram como era a vida na Mesopotâmia.

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O texto foi decifrado da escrita cuneiforme, um sistema que usava símbolos em forma de cunha marcados em tábuas de argila.

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Esse método começou a ser usado há cerca de 5.500 anos e foi deixado de lado por volta de 200 a.C., quando o alfabeto passou a ser utilizado, principalmente pelos romanos.

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A reclamação fala sobre um desentendimento entre dois comerciantes da época: Nanni acusa Ea-nasir de ter enganado seu mensageiro, entregando cobre ruim e agindo com arrogância.

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“Você não fez o que prometeu. Entregou ao meu mensageiro lingotes de cobre de má qualidade e disse que ele poderia levá-los se quisesse ou deixar para lá, mas que fosse embora", começa a carta.

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"O que você pensa que eu sou para se atrever a tratar alguém como eu com tanto desprezo? Agora, você tem minha bolsa de dinheiro em território inimigo, então depende de você devolvê-la por completo", continua a mensagem.

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"A partir de agora, não aceitarei nenhum material seu que eu não possa selecionar pessoalmente em minha própria casa”, finaliza a inscrição na tábua.

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O desfecho da disputa é desconhecido, mas o documento foi reconhecido pelo Guinness Book como "a reclamação de cliente mais antiga da história".

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Especialistas acreditam que existiam muitas outras reclamações como essa, mas a maioria pode ter sido perdida durante o saque ao Museu Nacional do Iraque, ocorrido em 2003, em Bagdá.

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A antiga cidade de Ur, onde a tábua foi encontrada, foi um importante centro sumério localizado na Mesopotâmia, próximo ao rio Eufrates, no atual Iraque.

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Fundada por volta de 3.800 a.C., Ur prosperou especialmente durante o terceiro milênio a.C., quando se tornou um centro político, religioso e econômico de grande influência.

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A cidade é famosa por seu imponente zigurate, uma espécie de templo em formato de pirâmide escalonada dedicado ao deus-lua Nanna (ou Sin), divindade protetora local.

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A cidade também é associada ao patriarca bíblico Abraão, que, segundo a tradição, teria partido de Ur.

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Arqueólogos já descobriram túmulos reais ricamente decorados, indicando uma elite com acesso a grande riqueza e elaborados rituais funerários.

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A cidade entrou em declínio por volta de 500 a.C., possivelmente devido a mudanças no curso do rio e a invasões. Suas ruínas foram redescobertas no século 19 e escavadas no século 20.

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