O Ministério do Interior do Japão registrou que a população diminuiu em 861 mil em 2023, chegando a 121,6 milhões de pessoas. A queda de 0,7% em relação a 2022 foi a maior no país desde que o começo dos registros em 1968.
Crédito: Marcellinus Jerricho por PixabayA diminuição do número de japoneses ocorre pelo 15º ano consecutivo. O número de mortes em 2023 foi de 1,58 milhão. E nasceram 730 mil pessoas no Japão.
Crédito: Imagem de Jason Goh por PixabayO ministério também informou que a quantidade de estrangeiros no país aumentou para 3,3 milhões. O afrouxamento de regras para a imigração tem gerado polêmica, mas é uma forma de o governo atrair pessoas para preencher a necessidade de mão de obra.
Crédito: Imagem de Moritz por PixabayA sociedade japonesa, tradicionalmente avessa à imigração, começa a perceber que os estrangeiros formam um grupo importante para surprir necessidades no país.
Crédito: reprodução tv globoExemplo disso ocorre na cidade de Oizumi, que fica a duas horas de trem de Tóquio. Dos 42 mil habitantes, um quinto chegou do exterior. A prefeitura (foto) mantém a cidade focada na integração das nacionalidades. A estação de trem tem placas em português, espanhol, inglês, coreano e chinês, além do japonês.
Crédito: Abasaa domínio públicoCom o declínio populacional, o governo japonês tem feito esforços para incentivar os casais a terem filhos. Há subsídios governamentais para as mulheres grávidas, além de auxílios com educação e saúde. E o governo também estimula aplicativos de namoro.
Crédito: PixabayCom a queda no número de habitantes, o Japão registrou o número recorde de nove milhões de casas abandonadas. No país asiático, essas residências desocupadas são denominadas de “akiya”, termo que se referia às construções em áreas rurais.
Crédito: - Reprodução do Youtube Canal maigomikaDe acordo com dados do Ministério de Assuntos Internos e Comunicação do Japão, 14% dos imóveis residenciais do país estão "às moscas".
Crédito: Reprodução do Youtube Canal maigomikaCada vez mais são encontradas “akiya” em grandes centros urbanos japoneses, inclusive na própria capital Tóquio.
Crédito: Reprodução do Youtube Canal maigomika“Não é um problema de construir muitas casas, mas de não ter gente suficiente mesmo. Esse é um sintoma do declínio populacional do Japão”, destacou à CNN Jeffrey Hall, professor da Universidade Kanda de Estudos Internacionals, na província de Chiba.
Crédito: - Reprodução de vídeo BBCPor tradição, as "akiya" costumam ser herdadas e isso explica parte do problema. Com a queda nas taxas de natalidade, há muitos casos em que não há uma nova geração para receber o imóvel.
Crédito: Reprodução do YoutubeEm relação às moradias nas áreas rurais, há cada vez mais casos de herdeiros desinteressados em permanecer nessas localidades, preferindo migrar para grandes centros urbanos.
Crédito: Reprodução do Instagram @yamashitaphotoSegundo especialistas ouvidos pela CNN, ainda há um aspecto financeiro contribuindo para essa realidade do aumento de residências abandonadas.
Crédito: Reprodução do Instagram @yamashitaphotoMuitos proprietários optam por não modernizar os imóveis porque fica mais barato mantê-los, ainda que envelhecidos.
Crédito: Reprodução do YoutubeUma consequência problemática do fato de haver tantas casas abandonadas é o aumento dos riscos à segurança em situações de desastres naturais.
Crédito: Reprodução do YoutubeComo o Japão é muito suscetível a terremotos e tsunamis, a falta de manutenção de tantos imóveis torna mais complexas as operações de resgate e reconstrução de cidades.
Crédito: Imagem PikbestExistem ainda os riscos sociais associados ao aumento de casas abandonadas para a segurança pública e preservação do meio ambiente. É um quadro que pode deteriorar a qualidade de vida nessas cidades.
Crédito: Reprodução de vídeo CBS NEWSEstudiosos da Universidade de Tóquio dizem que é preciso haver políticas públicas que aproveitem os espaços ocupados por essas casas abandonadas para criar novas estruturas que tragam proveito à comunidade.
Crédito: Reprodução de vídeo CBS NEWSO Ministério de Assuntos Internos do Japão divulgou relatório em julho de 2023 apontando que todas as 47 prefeituras do país (o equivalente a estados no Brasil) tiveram redução populacional no ano anterior.
Crédito: Reprodução de Rede SocialO primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, descreveu a situação como crítica. Porém, o país tem fracassado nas tentativas de estimular o aumento na taxa de natalidade.
Crédito: Hamed Malekpour/Wikimedia Commons