Cientistas australianos encontraram um ninho com nove ovos azul-turquesa de emu costeiro em uma floresta estadual no estado de Nona Gales do Sul, no sudoeste do país. A espécie atualmente é rara - considerada ameaçada de extinção - o que torna a descoberta um ótimo sinal para os biólogos que tentam preservar esses animais.
Crédito: Divulgação/NSW GovernmentA coloração vibrante dos ovos, que chama bastante atenção, é similar à da plumagem das fêmeas no período de acasalamento, explicaram os cientistas.
Crédito: Divulgação/NSW GovernmentO emu, também conhecido como ema-australiana, é endêmico no país da Oceania e uma das maiores aves terrestres do mundo. A variante costeira está entre as mais raras.
Crédito: Divulgação/NSW GovernmentOs emus estiveram envolvidos em um das guerras mais inusitados (para o dizer o mínimo!) da história. O conflito colocou frente a frente militares australianos e o grupo de aves nativas.
Crédito: Imagem de JackieLou DL por PixabayO evento inusitado aconteceu em 1932. Portanto, poucos anos antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial, maior conflito do século 20.
Crédito: Reprodução do site spiegelO conflito suis generis transcorreu no Oeste da Austtrália, quando 20 mil emus migraram em busca de alimentos.
Crédito: Reprodução do site spiegelNativos das áreas centrais da Austrália, as aves assemelhadas aos avestruzes invadiram as fazendas locais.
Crédito: Fikri- Wikimédia CommonsOs emus foram atraídos para esses locais ao identificarem neles a presença abundante de água e trigo.
Crédito: Imagem de Narelle Steckyj por PixabayOs animais promoveram uma devastação nessas fazendas, onde havia estoque de trigo por conta de problemas econômicos advindos da Grande Depressão de 1929.
Crédito: Domínio PúblcoOs proprietários dessas terras eram em boa parte soldados veteranos da Primeira Guerra Mundial que foram incentivados pelo governo a plantar trigo na região.
Crédito: Reprodução do site spiegelEsses fazendeiros viram-se indefesos diante da "tropa" de emus famintos e foram atrás de socorro governamental.
Crédito: Imagem de Nel Botha por PixabayO então ministro da defesa George Pearce enviou às áreas tomadas pelos emus um grupamento militar a fim de dizimá-los.
Crédito: Domínio Público - Wikimédia CommonsA tropa foi a campo para combater a população invasora de emus munida de duas metralhadoras Lewis e munição de dez mil cartuchos.
Crédito: Balcer - Wikimédia CommonsA certeza de que o adversário seria facilmente abatido transformou-se rapidamente em um vexame histórico. Muito velozes (até 48 km/h), os emus surpreenderam os atiradores ao seguirem correndo mesmo após serem alvejados. Resultado ao fim do primeiro dia: apenas uma dúzia de aves abatidas.
Crédito: Imagem de Herbert Aust por PixabayA batalha se arrastou pelos dias seguintes, com uma tentativa de emboscada malsucedida após a metralhadora falhar. A ideia era surpreender um grupo de mil emus.
Crédito: Domínio PúblcoOs emus tinham sua estratégia natural, uma tática de sobrevivência, algo ignorado pelos militares australianos. O major G.P.W. Meredith, líder da operação militar, relatou que os rebanhos de emus contavam com um líder responsável por vigiar o ambiente enquanto os outros "realizavam suas obras destrutivas".
Crédito: Domínio Público - Wikimédia CommonsAssim, em caso de sinal de perigo, as aves iniciavam uma fuga em massa e em alta velocidade, para desespero dos combatentes.
Crédito: Reprodução do site spiegelDiante desses fracassos, o destacamento decidiu recorrer a uma nova estratégia: o uso de um caminhão.
Crédito: Domínio PúblcoA investida motorizada foi um fiasco, pois o caminhão não conseguia competir em velocidade com os emus e a artilharia não demonstrou competência suficiente.
Crédito: Imagem de Patty Jansen por PixabayApós a série de derrotas para as peculiares aves de 1.80 metro de altura, Meredith e o governo capitularam.
Crédito: Imagem de Ernesto Velázquez por PixabayA "Grande Guerra aos emus" foi satirizada à época por publicações. Teve até ilustração de uma ave com vestes militares.
Crédito: JuggaloICP - Wikimédia Commons