Pesquisadores descobrem caverna na Espanha com artefatos romanos de quase 2 mil anos

Crédito: reprodução/Machause López, S. y Falcó Alcázar, J. (2023)

Pesquisadores das universidades de Alicante e Zaragoza, na Espanha, identificaram vestígios de ocupação romana e práticas ritualísticas na caverna Cova de les Dones, localizada em Valência.

Crédito: reprodução/Machause López, S. y Falcó Alcázar, J. (2023)

Essa caverna, parcialmente submersa, é reconhecida como o maior santuário de arte paleolítica da Península Ibérica.

Crédito: reprodução/A. RUIZ-REDONDO, V. BARCIELA Y X. MARTORELL

Durante uma expedição a 200 metros de profundidade, os cientistas descobriram uma moeda romana presa entre uma fenda no teto e uma estalactite.

Crédito: reprodução/A. Ruiz-Redondo, V. Barciela & X. Martorell

Análises comprovaram que a moeda pertenceu ao período do Imperador Cláudio (41-54 d.C.), o primeiro imperador romano nascido fora da Itália.

Crédito: divulgação/Museu de Pré-História de Valência

Além disso, foram encontradas 15 inscrições nas rochas, provavelmente feitas por habitantes locais durante a dominação romana, há aproximadamente 1,9 mil anos, indicando que a caverna era considerada um espaço sagrado.

Crédito: reprodução/A. Ruiz-Redondo, V. Barciela & X. Martorell

"As inscrições e a moeda fornecem evidências irrefutáveis ​​de que o santuário continuou a ser usado ou foi reaproveitado pelos romanos", ressaltou Aitor Ruiz-Redondo, professor na Universidade de Zaragoza e um dos líderes da exploração.

Crédito: reprodução/instagram

A Cova de les Dones foi descoberta em 1960 e, inicialmente, chamou a atenção pelos artefatos da Idade do Ferro, principalmente cerâmicas.

Crédito: u_g45l9jv0/Pixabay

No entanto, apenas em 2021 o lugar começou a ser explorado em maior profundidade, levando à catalogação de mais de 110 gravuras paleolíticas.

Crédito: Robert Balog por Pixabay

Os desenhos, sobrepostos por marcas de arranhões de ursos-das-cavernas, sugerem que podem ter mais de 24 mil anos!

Crédito: reprodução/instagram

Apesar dessas descobertas significativas, apenas 20% da área decorada do período paleolítico foi investigada, com partes da caverna permanecendo inexploradas.

Crédito: freepik/wirestock

Com quase 790 mil habitantes, Valência, onde a caverna está localizada, fica na costa leste da Espanha e é a terceira maior cidade do país.

Crédito: reprodução/youtube

Fundada pelos romanos em 138 a.C., Valência tem uma história marcada por influências romanas, muçulmanas e cristãs, refletidas em sua arquitetura e cultura.

Crédito: wikimedia commons/Holger Uwe Schmitt

Um dos marcos mais emblemáticos da cidade é a Cidade das Artes e das Ciências, um complexo arquitetônico moderno projetado por Santiago Calatrava e Félix Candela.

Crédito: flickr - Ka13

Esse espaço abriga museus, um oceanário, um planetário e um teatro de ópera, sendo um símbolo da Valência contemporânea.

Crédito: Luca/Pixabay

Outro ponto de destaque é a Catedral de Valência, que mistura estilos gótico, românico e barroco, e onde, segundo a tradição, está guardado o Santo Graal.

Crédito: wikimedia commons/ Diego Delso

O centro histórico também é um grande atrativo, com monumentos como as Torres de Serranos e de Quart, antigas portas da muralha medieval.

Crédito: wikimedia commons/ Diego Delso

Valência também é famosa por suas praias, como a Playa de la Malvarrosa, e por ser o berço da paella, um dos pratos mais icônicos da culinária espanhola.

Crédito: flickr - Boris Dzhingarov

A cidade celebra anualmente as Las Fallas, uma festa tradicional que ocorre em março, com desfiles, fogos de artifício e a queima de esculturas de madeira e papelão.

Crédito: wikimedia commons/Simon Burchell

A economia da cidade é impulsionada por setores como turismo, comércio, indústria e agricultura, especialmente pela produção de citrinos, como laranjas, que são exportadas para todo o mundo.

Crédito: freepik/KamranAydinov

Além disso, a cidade abriga uma das universidades mais antigas do país, a Universidade de Valência, fundada em 1499.

Crédito: domínio público