Margarina x Manteiga: indicações de consumo e diferenças entre os produtos

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Um debate sempre rondou os especialistas sobre dois produtos presentes no café da manhã dos brasileiros: manteiga x margarina. Diante disso, essa galeria mostra as indicações de consumo e diferenças entre elas, que combinam com alimentos como pão e bolo.

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Por muitas décadas, se debateu entre quem era mais saudável para o consumidor. No entanto, a manteiga apresenta gordura saturada e colesterol, enquanto a margarina não contém colesterol, mas pode contar com a gordura interesterificada (substituta da gordura trans).

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No momento, porém, não há um consenso entre os especialistas sobre qual produto é mais saudável. Por outro lado, eles recomendam que o uso de cada uma delas deve ser de forma equilibrada, sem exageros.

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Antes de entender as diferenças entre os produtos, é preciso destacar que a utilização de ambos vai muto além do pão no fim da tarde ou pela manhã. Eles também aparecerem com ingrediente essencial na construção de um bolo, tortas, massas, risotos, refogados e molhos.

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Primeiramente, é preciso destacar que a manteiga é um produto de origem animal, feita a partir da nata do leite de vaca. Ela é conhecida pelo sabor rico e natural e passa por um processamento mínimo.

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A margarina, por sua vez, é um produto vegetal feito a partir de óleos, como os de soja e milho. Ela passa por processos industriais que podem gerar a gordura trans, que também está associada ao aumento do risco de doenças cardíacas.

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Por outro lado, a manteiga é rica em gorduras saturadas, que podem elevar o colesterol LDL (ruim) se consumidas em excesso.

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A Associação Americana do Coração recomenda que a ingestão de gordura saturada seja limitada a menos de 6% das calorias totais. Desse modo, essa quantidade equivale a cerca de 15 gramas em uma dieta de 2.000 calorias.

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A manteiga é produzida onde há atividade pecuária, e as suas origens são datadas seguramente da pré-história. Ela era um ingrediente básico da alimentação britânica, muito antes de surgir a margarina, no início do século XX.

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Em meados do século XX, as pessoas começaram a substituir a manteiga pela margarina, devido ao consenso cada vez maior de que a maioria das gorduras são ruins para a nossa saúde.

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Diante disso, a indústria alimentícia passou a produzir versões com baixo teor de gordura. Paralelamente, as orientações alimentares pediam que as pessoas reduzissem a ingestão de gordura saturada.

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O nome margarina deriva da descoberta do "ácido margárico" por Michel Eugène Chevreul, em 1813. Em 1853, descobriu-se que ele era apenas uma combinação de ácido esteárico e ácido palmítico.

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Em 1860, o imperador Napoleão III da França ofereceu uma recompensa a quem conseguisse encontrar um substituto satisfatório e mais barato para a manteiga (escassa pela crise econômica), para as classes sociais baixas e para o exército.

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Em 1869, o químico Hippolyte Mège-Mouriés inventou uma substância que chamou de oleomargarina (mais tarde margarina), à qual extraía a porção líquida sob pressão e depois a deixava solidificada.

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Com o surgimento da hidrogenação (processo industrial que transforma óleos vegetais em gorduras sólidas), esse produto passou a ser fabricado em larga escala. No atual século, no Brasil, a margarina é classificada como uma emulsão de água em óleos.

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Atualmente, a margarina é produzida a partir de uma grande variedade de óleos vegetais. Isso acontece seja por hidrogenação ou por interesterificação, geralmente misturadas com sal, água e emulsionantes.

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A manteiga é rica em gorduras saturadas, que podem aumentar o risco de doenças cardíacas se consumida em excesso. Além disso, podem contribuir para o acúmulo de gordura visceral e obesidade.

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A margarina, por sua vez, é projetada para conter níveis mais baixos de ácidos graxos saturados. O produto sem colesterol é mais recomendado para o coração, porém pode apresentar gorduras trans.

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A manteiga é uma fonte de vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K, que são essenciais para várias funções corporais, incluindo resposta imunológica e saúde óssea.

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Do outro lado da disputa, a margarina não tem a mesma densidade, mas algumas versões são enriquecidas com nutrientes para dar um equilíbrio maior em sua fórmula.

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Para quem prefere margarina, é recomendável escolher marcas sem gordura trans e feitas com óleos saudáveis, como o azeite de oliva.

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Para quem prefere manteiga, é recomendável comprar produtos feitos com leite de vaca criadas soltas no pasto e não em confinamento

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Por fim, a recomendação é que a manteiga e a margarina não sejam as únicas fontes de gordura para atingir as quantidades necessárias diárias. As especialistas recomendam também o consumo de outros alimentos como fontes de gorduras insaturadas ("do bem").

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