Uma descoberta macabra do Museu Moyse's Hall, que fica no condado de Suffolk, Inglaterra, tem deixado muita gente intrigada na internet.
Crédito: Moyses Hall, Bury St Edmunds by Sandy GerrardTrata-se de um livro encadernado com a pele do assassino William Corder, que foi enforcado em 1828 pelo assassinato de sua amante.
Crédito: Domínio PúblicoIntitulado "An Authentic and Faithful History of the Mysterious Murder of Maria Marten", o livro narra o crime, que ficou conhecido como "Assassinato do Celeiro Vermelho".
Crédito: DivulgaçãoCorder foi capturado, julgado e executado em 1828. Depois de sua morte, sua pele foi usada para encadernar livros que contam sua história.
Crédito: ReproduçãoAlém da primeira edição (em exibição desde 1933), uma segunda cópia foi recentemente descoberta, também contendo restos da pele de Corder na encadernação.
Crédito: Divulgação/Moyse's Hall MuseumO exemplar foi doado por descendentes de um cirurgião que participou da dissecação do assassino e tem pele apenas na lombada e nos cantos da capa.
Crédito: Reprodução/@moyseshallmuseumA prática, chamada bibliopegia antropodérmica, foi comum no século 19, especialmente ligada a punições ou para registros médicos.
Crédito: Michal Jarmoluk/PixabayTerry Deary, autor do livro "Horrible Histories", destacou que criminosos do passado temiam mais a dissecção pós-morte do que a própria execução.
Crédito: Flickr - Roger GreenAlém dos livros, o caso de Corder inspirou filmes, como "Maria Marten, or The Murder in the Red Barn", de 1935.
Crédito: ReproduçãoApesar de seu valor histórico, a natureza macabra do objeto divide opiniões. Enquanto o museu defende sua importância, alguns escritores consideram os livros "repugnantes" e criticam sua exposição.
Crédito: Reprodução/@moyseshallmuseumInstituições como Harvard (foto) optaram por remover pele humana de suas coleções, mas o museu britânico defende a preservação como parte da história.
Crédito: Somesh Kesarla Suresh/UnsplashSegundo o agente de patrimônio histórico do museu, Dan Clarke, até o momento a exibição dos livros não gerou queixas por parte dos visitantes.
Crédito: Reprodução/@moyseshallmuseum"Se você não soubesse do que se trata, pensaria que é só um livro comum. É estranho, mas também fascinante ter algo assim na coleção", disse Abbie Smith, assistente de patrimônio do museu, em entrevista à BBC.
Crédito: Sergiu Vălenaș/UnsplashMoyse's Hall é um dos museus mais antigos e históricos da cidade de Bury St Edmunds, no condado de Suffolk.
Crédito: Oxyman / Moyse's Hall museum / CC BY-SA 2.0O edifício em si é uma estrutura medieval impressionante, datada do século 12, e é considerado um dos melhores exemplos de arquitetura secular normanda na região.
Crédito: Reprodução/@moyseshallmuseumOriginalmente construído como uma casa de comerciantes, Moyse's Hall já teve diversos usos ao longo do tempo — serviu de moradia, pousada e até de posto policial antes de ser convertido em museu em 1899.
Crédito: Autor desconhecido/Domínio públicoO acervo do museu é bastante diversificado, abrangendo desde artefatos arqueológicos e relíquias da Idade Média até peças que ilustram o cotidiano da cidade ao longo dos séculos.
Crédito: ReproduçãoUm dos destaques é a coleção de relíquias relacionadas à infame história de bruxaria de Suffolk, incluindo objetos e documentos que remetem aos julgamentos e crenças populares da época.
Crédito: Reprodução/@moyseshallmuseum