Helicóptero cai e mata seis pessoas no Hudson; rio já foi palco de heroísmo que salvou dezenas de vidas

Um helicóptero caiu no rio Hudson, perto de Nova York, nos Estados Unidos, em 10/4/2025 Segundo as autoridades americanas, as seis pessoas que estavam a bordo morreram

Crédito: reprodução de vídeo

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento da queda. O helicóptero cai em alta velocidade , de cabeça pra baixo, completamente descontrolado.

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Segundo o prefeito de Nova York, Eric Adams, o helicóptero era destinado a passeios de turismo e estava transportando visitantes da Espanha - três adultos e três crianças. A aeronave havia decolado de um heliponto de Nova York.

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Os corpos foram retirados da água por mergulhadores. O acidente foi ao sul da ilha de Manhattan, entre Nova York e Jersey City, em Nova Jersey. No momento da queda, a temperatura da água no rio Hudson estava abaixo de 10ºC.

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O Rio Hudson tem 507 km. Começa nas Montanhas Adirondack, no norte do estado de Nova York, e flui para o sul através do Vale do Hudson até o Porto de Nova York , desaguando no Oceano Atlântico na Baía de Nova York Superior . Este rio, que agora é lugar de uma tragédia, faz parte da memória coletiva dos americanos por um ato de heroísmo que salvou vidas.

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Foi em 15/1/2009. Imagine estar num avião que precisa fazer um pouco de emergência na água. Foi o que aconteceu. O mundo acompanhou o resgate em Nova York. Um avião AirBus A320 pousou, às 15h31, em pleno rio Hudson. Relembre esta história.

Crédito: Greg L - wikimedia commons

O voo doméstico iria de Nova York para o Aeroporto Internacional de Charlotte/Douglas, na Carolina do Norte, com escala em Washington.

Crédito: Reprodução YouTube Aviões e Músicas

No comando estava o piloto Chesley Burnett Sullenberger III, às vésperas de celebrar seu 58º aniversário (em 23/1). Ex-piloto de caça, ela trabalhava em linhas aéreas civis desde 1980, quando deixou a Força Aérea dos EUA.

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Em 15/1/2022, Sully postou mensagem no Instagram lembrando da data, que, segundo ele, mudou sua vida, a dos passageiros e a dos tripulantes.

Crédito: Reprodução instagram @captsully

Sully também era especialista em segurança e engenharia de voo, além de piloto de planadores. Já seu co-piloto, Jeffrey Skiles, fazia o primeiro voo num Airbus A320 e tinha acabado de fazer um treinamento para este modelo de avião.

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Skiles estava preparado para auxiliar Sully justamente porque, no treinamento, encarou diversas simulações de situações de emergência no Airbus A320.

Crédito: Reprodução YouTUbe Aviões e Músicas

O pouso de emergência foi feito porque o voo US Airways 1549 sofreu uma colisão com gansos canadenses, espécie comum na região (foto). Eram 15h27 quando aves bateram no avião e foram sugadas pelos motores, que perderam potência.

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O primeiro aviso à torre de controle foi às 15h27, dois minutos após a decolagem. A tripulação reportava a colisão com as aves e pedia autorização para retorno ao aeroporto de La Guardia. Passageiros viram fogo nas turbinas.

Crédito: Reprodução do filme "Sully"

Controladores de voo indicaram uma pista disponível no La Guardia, mas Sullenberger disse que não conseguiria fazer a manobra. Ele ainda cogitou aterrissar em Nova Jersey, mas o avião tinha baixa altitude.

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Um cinegrafista amador filmou o avião passando a baixa altitude (foto). A situação era tão complicada que a aeronave passou a menos de 270 metros da ponte George Washington.

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Noventa segundos antes do pouso, Sully anunciou que haveria impacto e as comissárias de bordo instruíram os passageiros.

Crédito: Reprodução Filme "Sully"

O avião aterrissou no rio apenas seis minutos após a decolagem do Aeroporto La Guardia, às 15h31, quando seguia a 240 km/h. Imagens gravadas mostram o momento (foto)

Crédito: Reprodução TV Globo

A aterrissagem foi na altura de Manhattan. Os 150 passageiros e 5 tripulantes do avião parcialmente submerso foram evacuados pelas duas asas do avião e por escorregadores infláveis que foram ativados. Embarcações logo se aproximaram para o resgate, como Sully previa.

Crédito: Izno /Falcorian wikimedia commons

Cinco pessoas sofreram lesões. Entre elas, a comissária Doreen Welsh, com cortes na perna. 78 pessoas tiveram ferimentos leves ou hipotermia, já que o frio era intenso. Ninguém morreu.

Crédito: Reprodução TV Globo

O avião foi amarrado para não afundar, em meio ao gelo do rio, enquanto a remoção não poderia ser feita.

Crédito: Reprodução TV Globo

O avião foi retirado do rio dois dias depois. Sullenberger foi aclamado como herói pela população e pela mídia, mas enfrentou uma investigação minuciosa sobre o caso.

Crédito: Anthony Quintano wikimedia commons

Autoridades de aviação confrontavam a versão apresentada pelo comandante com suposições de outros motivos para o pouso emergencial.

Crédito: Spyropk wikimedia commons

Durante seis meses, Sully ficou afastado das atividades para as investigações. Mas sua versão sobre o choque com os pássaros foi comprovada. Penas de aves (foto) foram encontradas nos motores.

Crédito: Domínio público

Sully recebeu diversas condecorações. Até hoje, recebe prêmios e menções honrosas. Cada passageiro do avião recebeu uma carta de desculpas, uma compensação de US$ 5 mil e o reembolso da passagem aérea.

Crédito: Reprodução instagram @captsully

Em 2009, Sullenberger lançou sua autobiografia "Highest Duty: Search For What Really Matters" ("O Dever Mais Elevado: Busca pelo que Realmente Importa"), escrito com Jeffrey Zaslow, do The Wall Street Journal.

Crédito: Reprodução instagram

Sullenberger foi considerado pela Revista Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.

Crédito: reprodução instagram @captsully

Em 2010, ele se aposentou da atividade de piloto comercial. No ano seguinte, foi contratado pela CBS News como comentarista, especialista em aviação.

Crédito: Reprodução instagram @captsully

Em 2016, foi lançado "Sully", com Tom Hanks no papel do comandante. Dirigido por Clint Eastwood, o filme tem Aaron Eckhart na pele do co-piloto Jeff Skiles, e Laura Linney como Lorraine, esposa de Sully.

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