Dois episódios de explosão de celular no Brasil viralizaram nas redes sociais e geraram alertas sobre riscos que podem ser evitados. Em Anápolis, Goiás, o aparelho pegou fogo quando uma mulher fazia compras em um mercado. Com queimaduras, ela precisou receber atendimento hospitalar.
Crédito: ReproduçãoO outro caso ocorreu em Guarapari, no Espírito Santo. A explosão dentro de um ônibus produziu uma grande nuvem de fumaça. Felizmente, ninguém se feriu.
Crédito: ReproduçãoA principal razão que pode fazer um celular explodir é o superaquecimento da bateria. Ao portal G1, Gabrielle Silva, do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) explicou que a bateria de íon-lítio é sensível a temperaturas elevadas. "Esse é um processo no qual o calor gerado pela bateria é maior do que o que pode ser dissipado, levando à combustão", afirmou.
Crédito: freestocks UnsplashNo entanto, é raro que isso aconteça porque as baterias costumam ter sistemas de segurança múltiplos para impedir o superaquecimento. Para ocorrer, é necessária uma combinação de eventos. Entre os fatores que aumentam esse risco estão: impactos na estrutura da bateria, exposição ao calor e uso de bateria ou carregadores que não são originais,
Crédito:A Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade afirma que, embora os acidentes fatais com celulares sejam raros (se compararmos o número de ocorrências com a enorme quantidade de telefones no Brasil), o risco existe no uso do aparelho. E é necessário ter cuidado. Veja pessoas que perderam a vida.
Crédito: pixabayEm 20/12/2021, Max Willyan Gomes, 14 anos, morreu em Alexânia (GO). Ele levou uma descarga elétrica ao usar o celular que estava carregando na tomada, ligado a uma extensão. Segundo a polícia, chovia na hora e um raio ampliou a corrente.
Crédito: Reprodução TVEm 28/02/2021, uma menina de 10 anos morreu ao colocar o celular para carregar usando uma extensão que estava com o fio descascado, em Quirinópolis (GO).
Crédito: Reprodução Tv AnhangueraEm 25/05/2021, a cabeleireira Márcia Soares, 26 anos, morreu ao levar choque em celular ligado na tomada em Lagoa do Carro (PE).
Crédito: Reprodução Arquivo PessoalEm 24/08/2021, Sara Alves, de 2 anos, morreu atingida por descarga elétrica do carregador do celular em Ereré (CE). Ela havia deitado sobre o fio do celular, que estava carregando em uma extensão. Em 11/12, Darley Emanuel morreu ao tomar choque após colocar o celular para carregar numa tomada em Santa Helena, no Sertão da Paraíba.
Crédito: Reprodução InstagramPara evitar riscos, alguns cuidados são essenciais. Não use carregadores piratas. Eles não têm dispositivos de segurança como, por exemplo, fios com a resistência adequada à corrente recebida e sensores que interrompem a energia quando a bateria está 100%.
Crédito: Divulgação SubmarinoQuando a bateria fica cheia, pode haver superaquecimento se não houver um sistema que interrompa a corrente elétrica. Somente os carregadores originais dispõem dessa tecnologia.
Crédito: SERTION WIKIMEDIA COMMONSNão use cabos com defeito, pois eles podem esquentar demais e até explodir. Se o cabo estiver quebrado, não tente remendar. Jogue fora. Para evitar danos no cabo, evite colocá-lo solto na mochila ou na bolsa Guarde o fio numa bolsinha ou pochete apropriada.
Crédito: Reprodução TV GloboEm 2017, uma menina de 14 anos morreu eletrocutada no Vietnã (e o caso teve repercussão internacional) ao se deitar sobre um fio de iphone desencapado, cujo carregador estava ligado à tomada. Ela tinha colocado fita adesiva, mas não adiantou.
Crédito: Reprodução - wikimedia commonsVerifique se a bateria está estufada. Se isso ocorrer, troque imediatamente por outra. E o descarte da antiga deve ser feito em cestas específicas (nunca junto com o lixo comum). Lojas de eletrônicos costumam ter local apropriado para quem quer se desfazer de acessórios eletrônicos.
Crédito: Reprodução uBreakiFixNão deixe o aparelho em cobertas, sofás e travesseiros enquanto estiverem sendo carregados. Eles podem sofrer um superaquecimento.
Crédito: Divulgação Mônica SáNão durma com o celular. É muito comum a pessoa se deitar com o celular, usá-lo até pegar no sono e permanecer ao longo da noite com o aparelho na cama. Não faça isso. Use o celular enquanto estiver acordado e depois deixe o aparelho em outro local.
Crédito: Divulgação Mônica SáNão recarregue o aparelho em áreas molhadas como banheiro, cozinha e área de serviço, e evite também utilizar o celular com os pés descalços nesses ambientes.
Crédito: Mahesh Patel - pixabaySe for preciso utilizar o celular, desconecte-o do carregador, principalmente se estiver numa ligação. Evite ficar perto do celular durante a recarga.
Crédito: Senado Federal - PixabayO especialista em segurança Gerardo Portela adverte que é comum as pessoas ligarem mais de um aparelho numa tomada do tipo benjamin, o que é perigoso. Extensores para várias tomadas sem proteção não devem ser usados.
Crédito: Mercado Livre - DivulgaçãoO ideal é usar filtro de linha - uma régua com várias entradas e um interruptor. Se houver sobrecarga, o equipamento age como disjuntor, interrompendo a energia.
Crédito: Eletrônica Santana - DivulgaçãoOutro alerta: não se deve usar celulares em postos de gasolina. O risco é tão alto que o uso do aparelho nesses ambientes é proibido por lei.
Crédito: Reynaldo Amadeu Dal Lin Jr pixabayEspecialistas explicam que o vapor de combustível é mais pesado do que o ar e fica concentrado perto do solo. Se o celular cai e gera um pequeno curto, isso pode ser suficiente para provocar uma explosão. E o posto de combustível está cheio de material inflamável, agravando o risco de uma tragédia.
Crédito: andreas 160578 pixabayA atenção deve ser redobrada em dias de temporal, com raios e trovões. O celular pode ser usado normalmente, mas a pessoa não deve manuseá-lo enquanto estiver carregando. Um raio na região pode fazer a descarga elétrica se expandir, atingindo o dispositivo móvel.
Crédito: Felix Mittermeier - pixabay