Um estudo publicado na revista Water Resources Research revelou a existência de rios inusitados, que desafiam as leis convencionais da hidrologia e da geologia.
Crédito: Cleomar Nascimento - FlickrEsses corpos d’água não seguem os padrões naturais esperados, como o fluxo constante para jusante, a convergência para um corpo d’água maior ou a direção previsível de suas correntes.
Crédito: Claudia Torres - FlickrEm vez disso, apresentam características peculiares, como bifurcações que não retornam ao curso principal, fluxos em sentidos opostos e bacias hidrográficas com limites ambíguos.
Crédito: Pixabay/CsillagvirágO estudo identificou diversas formações que desafiam os princípios convencionais da drenagem natural. Confira!
Crédito: PixabayRio Echimamish (Canadá) – Localizado na província de Manitoba, entre os rios Hayes e Nelson, o Echimamish serve como um canal natural de conexão entre dois grandes rios: o Rio Hayes e o Rio Nelson
Crédito: Reprodução/YouTubeO curioso é que o Echimamish corre em duas direções, dependendo das condições sazonais, o que é um fenômeno raro. Essa característica o tornava ainda mais estratégico para o transporte.
Crédito: Yinan Chen/PixabayRio Cassiquiare (Venezuela) – Funciona como uma ligação entre dois dos maiores sistemas fluviais da América do Sul: o Rio Orinoco, na Venezuela, e o Rio Negro, afluente do Amazonas.
Crédito: Reprodução/YouTubeEle é considerado uma anomalia hidrológica por agir como um distributário (braço que se afasta) do Orinoco e um afluente (que deságua) do Amazonas.
Crédito: Reprodução/YouTubePesquisadores compararam essa ligação a um "buraco de minhoca hidrológico", pois une dois sistemas que, em teoria, deveriam ser independentes.
Crédito: Reprodução/YouTubeRio Wayambo (Suriname) – Pode fluir tanto para leste quanto para oeste, dependendo das chuvas e de intervenções humanas, como eclusas.
Crédito: Flickr - -JvL-Essa característica torna difícil prever a dispersão de poluentes de atividades como mineração de ouro e bauxita.
Crédito: Reprodução/YouTubeOs pesquisadores destacam que essas formações inusitadas costumam ocorrer em planícies ou em áreas chamadas “selas” — regiões de baixa elevação entre duas elevações maiores.
Crédito: Freepik/wirestockNessas zonas, a topografia plana favorece a instabilidade no curso das águas, e alguns limites de bacias hidrográficas ainda são indefinidos ou estão em transformação.
Crédito: Shu Adi/Unsplash"Cada um é único em sua própria maneira. Juntas, essas esquisitices hidrológicas ilustram o quanto ainda temos a aprender sobre a superfície dinâmica da Terra", destacaram os autores do estudo.
Crédito: Zoshua Colah/UnsplashNormalmente, um rio se origina em áreas elevadas, como montanhas, nascentes ou aquíferos subterrâneos. Nessa fase, o fluxo é mais rápido e estreito. É chamado de nascente (ou alto curso).
Crédito: Cristóbal del Valle/PixabayDepois, o rio desce para áreas mais planas, diminuindo sua velocidade e a erosão lateral passa a ser mais importante do que a vertical, alargando o leito. É chamado de curso médio.
Crédito: srja/UnsplashPor último, o rio chega às regiões mais planas e lentas. Aqui, o transporte de sedimentos é intenso, depositando materiais no fundo e nas margens. É a famosa foz (ou baixo curso).
Crédito: wikimedia commons/LeRocA foz pode ser de dois tipos principais: delta, que é quando o rio se divide em vários braços antes de desaguar (ex.: Rio Nilo);
Crédito: Wikimedia Commons/Kateregga1E estuário, quando o rio deságua em um único canal largo, geralmente influenciado por marés (ex.: Rio Amazonas).
Crédito: Flickr - Ministério da Defesa