Arqueólogos do Instituto Nacional de Antropologia e História, do México, descobriram recentemente uma serpente de pedra enterrada no solo da antiga capital do Império Asteca, Tenochtitlán. Um achado sobre uma das civilizações mais misteriosas da América Latina.
Crédito: INAHEssa serpente de pedra de 500 anos atrás surgiu no solo da faculdade depois de um terremoto em 2022. O tremor de magnitude 7,7 atingiu os estados mexicanos de Michoacán e Colima em 19 de setembr. Esse cenário trouxe estrondos que foram sentidos a 400 km do epicentro na capital do México e trouxeram danos a vários prédios.
Crédito: INAHTenochtitlán, a capital do Império Asteca, estava localizada em uma ilhota elevada às margens do lago Texcoco. Atualmente, faz parte do centro histórico da Cidade do México, capital do país.
Crédito: Diego Rivera/WikipediaA serpente foi encontrada durante escavações na antiga Escola de Jurisprudência da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), um tesouro de artefatos históricos em si. Ela estava na asa leste do edifício.
Crédito: José Vasconcelos Calderón/WikpediaA serpente asteca esculpida foi encontrada a uma profundidade de 4,5 metros. Além disso, mede 1,8 metro de comprimento por um metro de altura e 85 de largura, com um pedo estimado em 1,2 toneladas.
Crédito: INAHEstima-se que a serpente seja do final do Império Asteca. Em virtude das condições do solo, os traços de estuque e policromia de pigmentos ocre, vermelho, azul, preto e branco sobreviveram. Esses traços estão em mais de 80% da escultura.
Crédito: INAHSegundo os pesquisadores, foi encontrada fora do seu contexto original, com elementos arquitetônicos desconexos. Misturas de lama e água cobriram a escultura por mais de meio milênio e contribuíram para a preservação.
Crédito: Eneas de Troya and Olga Cadena/WikpediaNo momento da descoberta, uma equipe de especialistas foi montada para cuidar da escultura, levantada do subsolo com o auxílio de um guindaste.
Crédito: INAHPara estabilizar os pigmentos, os pesquisadores utilizam métodos sofisticados de preservação. E o processo de policromia é importante para a preservação da escultura. Os pigmentos usados pelos astecas provinham de minerais e vegetais.
Crédito: INAHUm espaço selado, forrado com filmes plásticos, foi equipado com umidificadores e dataloggers (registradores de dados) para ler e controlar, a todo momento, a umidade relativa dessa representação ancestral da serpente.
Crédito: INAHO objetivo é tirar a umidade acumulada durante séculos de maneira lenta e cuidadosa, para que ela saia dos poros internos da rocha até sua superfície, sem perda de cor e sem ocorrência de fissuras ou cristalizações.
Crédito: INAHO trabalho minucioso envolve pesquisadores do Laboratório Nacional de Ciências para a pesquisa e Conservação do Patrimônio Cultural da UNAM para análise dos materiais da escultura.
Crédito: INAHO objeto arqueológico reforçou os estudos sobre a temporalidade, a iconografia e o simbolismo das peças usadas pelos astecas na época pré-hispânica.
Crédito: INAHOs astecas eram uma cultura mesoamericana que floresceu no centro do México no período pós-clássico, entre os anos de 1300 a 1521.
Crédito: chaccard wikimedia commonsEles incluíam diferentes grupos étnicos do México central, que falavam a língua náuatle e dominaram grandes partes da Mesoamérica entre os séculos 14 e 16.
Crédito: Ricardo David Sánchez wikimedia commonsEntre esses povos, existia a Quetzalcoatl, que era uma divindade na cultura e literatura mesoamericanas e significa "serpente emplumada" ou "serpente de penas quetzal". A adoração de uma Serpente Emplumada foi documentada pela primeira vez no Teotihuacan no primeiro século a.C .
Crédito: Jami Dwyer/WikpediaO Deus serpente emplumada e da criação, da aprendizagem e do vento. Na mitologia, quando os guerreiros morrem, suas almas se transformam em raras aves emplumadas e voam para o sol.
Crédito: Nam from D-Block, USA Wikimedia commonsQuetzalcoatl foi uma divindade importante tanto na arte quanto religião da maior parte da Mesoamérica por quase 2.000 anos, desde a era pré-clássica até a conquista espanhola.
Crédito: Eddo wikimedia commons