Crustáceo ‘superforte’ tem soco capaz de esmagar carapaças e quebrar aquários

Crédito: Jens Petersen wikimedia commons

Uma espécie exótica de camarão é conhecida por ter uma habilidade atípica que mais parece ter saído de um filme da Marvel: um soco extremamente forte.

Crédito: Jens Petersen wikimedia commons

Trata-se do camarão-louva-a-deus palhaço, também chamado de camarão Mantis ou lagosta-boxeadora.

Crédito: wikimedia commons/Odontodactylus scyllarus

Seu "soco" é tão potente que pode quebrar uma concha com a mesma intensidade de um tiro de arma calibre .22, sem se machucar.

Crédito: Diego Delso, delso.photo, License CC BY-SA

Um estudo recente, publicado na revista Science, detalhou que esses crustáceos são capazes de capturar presas, esmagar conchas, machucar humanos e até quebrar vidros de aquários!

Crédito: Diego Delso, delso.photo, License CC BY-SA

Suas poderosas patas produzem ondas de choque extremamente fortes. Segundo os cientistas, o golpe funciona como um mecanismo de proteção.

Crédito: wikimedia commons/Silke Baron

A estrutura usada para desferir os socos, chamada de "clava dáctila", é composta por várias camadas que ajudam a absorver o impacto.

Crédito: flickr - Rickard Zerpe

O nome "clava dáctila" remete à arma clava (um tipo de porrete) e ao dáctilo, uma estrutura presente na anatomia dos moluscos.

Crédito: wikimedia commons/Alexander Vasenin

“Para executar repetidamente esses ataques de alto impacto, a "clava dáctilo" do camarão-louva-a-deus deve ter um mecanismo de proteção robusto para evitar danos a si mesmo”, explicou Horacio Espinosa, engenheiro que assina o estudo.

Crédito: Diego Delso, delso.photo, License CC BY-SA

“Descobrimos que ele usa mecanismos fonônicos. Isso permite que o camarão preserve sua capacidade de ataque em múltiplos impactos e evite danos aos seus tecidos moles”, pontuou.

Crédito: flickr - Rickard Zerpe

Pesquisadores sugerem que a estrutura da "clava dáctila" da lagosta, formada por camadas de fibras mineralizadas dispostas em formato de V, confere resistência à estrutura.

Crédito: reprodução/youtube

Essa teoria foi testada recentemente por pesquisadores da Universidade Northwestern, que realizaram vários experimentos para comprovar a hipótese.

Crédito: wikimedia commons/Edudellapiazza

Para o estudo, pesquisadores usaram lasers e pulsos de alta frequência para investigar como as ondas de choque atravessam a pata da lagosta-boxeadora.

Crédito: flickr - Bernard DUPONT

Os resultados mostraram que a camada externa da pata possui fibras semelhantes a espinhas de peixe, que resistem aos golpes, enquanto a estrutura interna absorve as ondas de choque, protegendo os membros da lagosta de sofrerem danos.

Crédito: reprodução/youtube

A lagosta-boxeadora habita principalmente recifes de coral e áreas rasas de águas tropicais e subtropicais, especialmente no Indo-Pacífico.

Crédito: flickr - Christian Gloor

Ela é um predador voraz e se alimenta de moluscos, caranguejos, peixes e outros crustáceos.

Crédito: reprodução/youtube

Seus golpes podem atingir uma velocidade de 80 km/h, formando bolhas de ar que estouram com grande energia, causando um tipo de explosão microscópica.

Crédito: reprodução/youtube

Outra característica impressionante da lagosta-boxeadora é sua visão. Ela possui um dos sistemas visuais mais complexos do mundo animal, com olhos que contêm até 16 tipos de fotorreceptores (enquanto os humanos têm apenas três).

Crédito: wikimedia commons/Cédric Peneau

Isso permite que ela enxergue uma ampla gama de cores, incluindo ultravioleta e polarizada, além de detectar movimentos com extrema precisão.

Crédito: Kai Squires/iNaturalist

Essa visão avançada é essencial para sua estratégia de caça, já que ela depende de ataques rápidos e precisos para capturar presas.

Crédito: flickr - prilfish

A lagosta-boxeadora usa suas cores vibrantes, que variam entre tons de verde, azul, laranja e vermelho, tanto para se camuflar quanto para intimidar rivais ou predadores.

Crédito: Dan Schofield/iNaturalist

Apesar de sua força e habilidades impressionantes, a lagosta-boxeadora enfrenta ameaças, como a destruição de habitats e a poluição dos oceanos.

Crédito: Peter Southwood/iNaturalist