Conheça o urubu que vomita ácido e faz cocô e xixi em si mesmo

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Alguns animais desenvolvem estratégias variadas para escapar de predadores, como cobras que fingem morte, baiacus que inflam espinhos e lagartos que soltam a própria cauda.

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Nessa "arte", o urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura) é um dos maiores mestres da natureza.

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Para escapar de predadores, essa ave vomita ácido gástrico e carne semi-digerida para reduzir seu peso para facilitar a fuga.

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O ácido estomacal expelido pelo urubu-de-cabeça-vermelha chega a ser 100 vezes mais forte que o produzido pelos humanos.

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Um estudo da Ecosystem Services mostra que aves carniceiras evitam milhões de toneladas de emissões de carbono ao consumir carcaças antes da decomposição.

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O urubu-de-cabeça-vermelha é uma ave de rapina necrófaga da família Cathartidae, comum em grande parte das Américas.

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Conhecido por sua envergadura impressionante, que pode chegar a quase 2 metros, é um dos principais responsáveis pela limpeza dos ecossistemas.

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Apesar de sua envergadura, ele ainda é alvo de predadores, e seu ácido estomacal extremamente forte é usado para causar queimaduras.

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Seu nome popular vem da coloração avermelhada da cabeça, que é desprovida de penas, característica que ajuda a evitar infecções ao se alimentar de carne em decomposição.

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Diferentemente de outras aves de rapina, ele possui um olfato altamente desenvolvido, sendo capaz de detectar odores de carne em decomposição a grandes distâncias, o que é incomum entre aves.

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Frequentemente, é o primeiro a chegar a uma carcaça, abrindo caminho para outras espécies de urubus e animais necrófagos.

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Ao contrário do que muitos pensam, o urubu-de-cabeça-vermelha não ataca animais vivos, alimentando-se exclusivamente de carniça.

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Esse urubu se reproduz em cavidades naturais, como troncos ocos ou fendas de rochas, e não constrói ninhos elaborados.

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Por não possuir siringe, o órgão responsável pelo canto nas aves, o urubu-de-cabeça-vermelha emite apenas sons guturais e assobios fracos.

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Outra curiosidade sobre esse urubu é que eles usam fezes e urina para resfriar as patas no calor e desinfetá-las após contato com carniça, graças a enzimas antibacterianas.

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Essa espécie não enfrenta grandes ameaças e é considerada de menor preocupação pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), sendo bastante adaptável a diferentes ambientes, desde florestas e campos abertos até áreas urbanas.

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