Cientistas ligam alerta: 2025 pode ser o ano com mais tempestades solares extremas

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Alerta ligado! Previsões de especialistas dão conta de que 2025 será um ano com um grande número de tempestades solares extremas.

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Só no início do ano, nas primeiras horas do dia 1º de janeiro, uma tempestade solar G5 (nível extremo) atingiu um pico inesperado, resultado de ejeções de massa coronal do Sol nos dias 29 e 30 de dezembro de 2024.

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Em 2024, vários cientistas manifestaram preocupação com relação a uma gigantesca tempestade solar que poderia causar um "apocalipse" na internet, que poderia durar meses.

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Esse fenômeno é causado por explosões solares que lançam massa coronal (EMC) em direção à Terra, afetando o campo magnético do planeta, de acordo com especialistas.

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Durante uma emissão de EMC, ocorrem enormes erupções de gás ionizado a temperaturas elevadas, originadas na coroa solar.

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Quando esse gás atinge o campo magnético da Terra, pode provocar tempestades geomagnéticas, prejudicando as comunicações e as instalações elétricas.

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Alguns especialistas consideram que esse fenômeno representa uma ameaça significativa para os seres humanos.

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Em 2020, no início do ciclo atual, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) participou de um grupo com várias instituições científicas, cada uma com suas previsões.

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No evento, os cientistas que observam o comportamento do Sol notaram um aumento nas manchas solares, muito além das previsões iniciais.

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O ciclo solar, que geralmente dura cerca de 11 anos, passa por três fases; são elas:

Crédito: wikimedia commons David Chenette, Joseph B. Gurman, Loren W. Acton

Mínimo Solar: Nessa fase, o Sol tem pouquíssima atividade.

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Máximo Solar: É o período em que o Sol está mais ativo.

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Declínio: Durante essa fase, a atividade solar diminui e então retorna ao próximo mínimo solar.

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Observar as manchas solares e suas erupções é útil para os cientistas preverem as tempestades solares com antecedência, geralmente entre dois a quatro dias antes — a depender da velocidade das partículas expelidas.

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Segundo o professor Peter Becker, da Universidade George Mason, “a Internet atingiu a maioridade numa época em que o Sol estava relativamente calmo e agora está entrando em uma época mais ativa”.

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O professor esclareceu que essa supertempestade já aconteceu uma vez, em 1859, mas tem um porém: “É a primeira vez na história da humanidade que houve uma interseção do aumento da atividade solar com a nossa dependência da internet”, disse.

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Atualmente, o professor está liderando um projeto em colaboração com o Naval Research Laboratory para desenvolver um sistema de alerta que ofereça tempo para o caso de uma tempestade solar perigosa se aproximar.

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Segundo ele, o período de reação é curto. Depois de uma EMC potente — que pode ter várias velocidades — são apenas de dois a quatro dias para tomar medidas e reduzir os impactos.

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Se nuvens de plasma atingem a Terra, o campo magnético age como uma proteção. No entanto, essa interação pode gerar um excesso de carga elétrica que vai direto para o solo.

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Caso haja necessidade, governos, empresas e instituições terão apenas alguns dias para tomar medidas e evitar um desastre tecnológico.

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O professor adverte que os sistemas de aterramento não solucionam a questão: "Conduzir correntes indutivas para a superfície da Terra pode ter um efeito oposto, resultando na possibilidade real de danificar o que originalmente estava seguro".

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“Se colocar isso no contexto do auge da internet, com seus eletrônicos muito delicados, é algo que poderia fritar o sistema por um período de várias semanas a meses, em termos do tempo que levaria para reparar toda a infraestrutura”, comentou o professor.

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“Todos os interruptores eletrônicos, todos esses armários eletrônicos em todos esses prédios de escritórios. Isso tudo poderia fritar”, acompletou.

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De acordo com Becker, “há cerca de 10% de probabilidade de que, na próxima década, algo realmente grande aconteça e possa acabar com a internet”.

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