O jornalista William Bonner revelou no programa “Altas Horas” que foi colega de classe na universidade de Marcelo Rubens Paiva, autor de “Ainda Estou Aqui”, livro que baseou o filme homônimo.
Crédito: Reprodução/TV GloboO âncora do Jornal Nacional declarou que ele e o escritor cursaram a Escola de Comunicação e Artes (ECA), da USP, no início da década de 1980. “Frequentei a casa do Marcelo para fazer trabalhos de faculdade”, contou Bonner.
Crédito: Reprodução/InstagramNa entrevista, Bonner relatou ter conhecido Eunice Paiva, mãe de Marcelo e que é a personagem central da história de “Ainda Estou Aqui”. Seu marido, Rubens Paiva, foi detido, torturado e assassinado por agentes da ditadura militar em 1971. “O filme é incrível, quem não viu ainda deveria fazer isso quanto antes”, enalteceu o jornalista.
Crédito: Instagram/@realwbonnerO filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles ("Central do Brasil"), recebeu três indicações ao Oscar 2025, nas categorias Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz (Fernanda Torres). O anúncio dos concorrentes foi feito em 23/1 e a cerimônia de premiação acontecerá no dia 2 de março, em Los Angeles.
Crédito: DivulgaçãoÉ a primeira vez que um filme brasileiro recebe uma indicação na principal categoria do Oscar, a de Melhor Filme. O drama musical francês “Emilia Pérez”, com 13 indicações, foi o recordista de menções.
Crédito: DivulgaçãoNa categoria Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui” disputa a estatueta com “A Garota da Agulha” (Dinamarca), “A Semente do Fruto Sagrado” (Alemanha), “Emilia Pérez” (França) e “Flow” (Letônia). Na história do Oscar, o Brasil foi indicado outras quatro vezes nessa categoria, mas não conquistou a premiação - “O Pagador de Promessa” (1963), “O Quatrilho” (1996), “O Que é Isso, Companheiro?” (1998) e “Central do Brasil” (1999).
Crédito: DivulgaçãoNo dia 23/09/2024, "Ainda Estou Aqui" foi escolhido o representante brasileiro na tentativa de um lugar no Oscar. A decisão unânime — foram 24 votantes ao todo — foi anunciada pela Academia Brasileira de Cinema.
Crédito: divulgaçãoDesde então, o filme entrou em um período de campanha para ser escolhido pela Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood. O longa-metragem estreou nos cinemas brasileiros no dia 7 de novembro.
Crédito: Scott Catron/Wikimédia CommonsAntes, no início de setembro, o filme, que é uma produção original Globoplay, estreou com momentos de emoção no Festival de Cinema de Veneza.
Crédito: reprodução/tv globoOs atores Selton Mello e Fernanda Torres não conseguiram conter as lágrimas com a recepção calorosa do público após a exibição do longa.
Crédito: reproduçãoApós o término da sessão, a produção brasileira foi aplaudida de pé por 10 minutos.
Crédito: reproduçãoO filme chegou a concorrer ao cobiçado Leão de Ouro, principal prêmio do Festival, mas acabou perdendo o prêmio para "O Quarto ao Lado", do cineasta espanhol Pedro Almodóvar.
Crédito: divulgaçãoApesar disso, o longa brasileiro levou para casa o prêmio de Melhor Roteiro do festival da cidade italiana.
Crédito: reproduçãoNo dia 5 de janeiro, Fernanda Torres conquistou o Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz de Drama, façanha inédita para uma brasileira.
Crédito: Reprodução TNT"Ainda Estou Aqui" conta a história de Eunice Paiva, mãe do jornalista Marcelo Rubens Paiva, que passou 40 anos procurando a verdade sobre o marido desaparecido durante a ditadura militar brasileira (1964 - 1985).
Crédito: reproduçãoRubens Paiva (marido de Eunice) foi preso durante o regime militar no Brasil e teve o mandato de deputado cassado no início da década de 1970.
Crédito: reproduçãoA história se baseia no livro homônimo escrito pelo jornalista Marcelo Rubens Paiva (filho de Eunice). "Ela virou a grande militante ativista da ditadura e da redemocratização brasileira e do chamado Brasil novo", disse ele. Na trama, Eunice é vivida em fases diferentes da vida pelas atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro (foto).
Crédito: wikimedia commons/ Harald KrichelO filme conta com um elenco de peso. Além das duas Fernandas, Selton Mello, Marjore Estiano, Humberto Carrão e Dan Stulbach também estrelam o longa.
Crédito: reprodução/tv globoO processo de realização do filme levou cerca de sete anos. O diretor Walter Salles chegou a frequentar a casa onde Rubens Paiva vivia antes de ser levado pelos militares e fez questão de conhecer sua família.
Crédito: Reprodução/Canal Arte1O filme recebeu inúmeros elogios da imprensa internacional. Um deles foi direcionado à atuação de Fernanda Torres.
Crédito: reprodução/tv globo"É uma atuação que deve catapultar ela para a temporada de premiações, 25 anos depois de sua mãe ser indicada ao Oscar por Central do Brasil", disse uma crítica do Deadline, um dos maiores sites de entretenimento dos EUA.
Crédito: divulgação"Salles nunca se excede nas batidas emocionais do filme, confiando na atuação magnífica e excepcionalmente detalhada de Torres para dirigir a história", destacou o ScreenDaily.
Crédito: reproduçãoAlém de "Central do Brasil", Walter Salles dirigiu os elogiados "Terra Estrangeira" (1995), "Abril Despedaçado" (2001), com Rodrigo Santoro, "Diários de Motocicleta" (2004) e "Paris, Te Amo" (2006).
Crédito: reprodução/tv globoTema central de "Ainda Estou Aqui", Rubens Paiva foi um engenheiro civil, empresário e político brasileiro, conhecido principalmente por sua luta contra a ditadura militar no Brasil e por ser uma das vítimas mais emblemáticas do regime.
Crédito: secretaria de estado de cultura/spEle nasceu em 26 de dezembro de 1929, em Santos, no litoral de São Paulo, e desapareceu em janeiro de 1971, após ser preso por agentes da repressão.
Crédito: Comissão da Verdade do Estado de São PauloRubens Paiva era deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e se destacou como um dos opositores do golpe militar de 1964, que depôs o presidente João Goulart.
Crédito: arquivo pessoalCom a implantação do regime militar, ele teve seu mandato cassado e foi exilado no exterior por um período. Ao retornar ao Brasil, continuou a se posicionar contra o governo militar.
Crédito: arquivo pessoalEm janeiro de 1971, Paiva foi preso em sua casa no Rio de Janeiro por agentes do DOI-CODI, um órgão de repressão da ditadura.
Crédito: Divulgação/Equipe de arqueologia do Município de AlkmaarApós sua prisão, ele desapareceu, e as autoridades nunca admitiram oficialmente seu paradeiro ou destino. Anos depois, investigações apontaram que ele foi torturado e morto nas dependências militares.
Crédito: De an Sun UnsplashSeu corpo nunca foi encontrado, e seu caso permanece como um símbolo das atrocidades cometidas durante a ditadura militar no Brasil.
Crédito: Divulgação/Equipe de arqueologia do Município de Alkmaar