Bancas de jornal: decadência e resistência

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Uma banca de jornal que estava abandonada há mais de dois anos em uma rua da Tijuca, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, foi removida na manhã desta terça-feira (4/2).

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O serviço foi realizado por agentes da Secretaria de Ordem Pública (SEOP), em conjunto com a Subprefeitura da Tijuca.

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A banca, que estava na rua General Espírito Santo Cardoso, foi retirada após uma série de reclamações de moradores.

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De acordo com o subprefeito Higor Gomes, o dono da banca alugava o espaço para depósito irregular de materiais.

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"Essa demanda nos chegou, uma reclamação de muitos moradores, onde essa banca atrapalhava os pedestres, além de estar abandonada há muito tempo", contou o subprefeito.

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Dentro da banca, os agentes encontraram três pranchas de surf, garrafas de bebidas alcoólicas vazias, dois coolers, um carregador de celular, uma caixa de som, revistas, livros e um skate.

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Todo o conteúdo foi levado para o SEOP. Segundo Higor, "outras ações como essa serão realizadas".

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As bancas de jornal surgiram como consequência direta do avanço da imprensa no século XIX.

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Na Europa e nos Estados Unidos, as bancas de jornal se tornaram pontos de venda fixos em locais de grande circulação, como estações de trem, praças públicas e centros urbanos.

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Eram estruturas simples, muitas vezes improvisadas, que vendiam principalmente jornais, revistas e, eventualmente, cigarros e doces.

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No Brasil, as bancas de jornal começaram a se popularizar no fim do século XIX, com o crescimento da imprensa no Rio de Janeiro e em São Paulo.

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Na década de 1920, surgiram os primeiros quiosques fixos padronizados, que serviam como referência para a compra de jornais impressos.

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Eles eram frequentemente instalados em praças, avenidas movimentadas e perto de estações de transporte público.

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Entre as décadas de 1960 e 1990, as bancas de jornal tiveram seu ápice. Além de jornais diários, elas começaram a oferecer revistas especializadas, colecionáveis, gibis, livros de bolso, figurinhas e até itens de papelaria.

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A partir do fim do século XX, a popularização da internet e dos dispositivos digitais começou a afetar o modelo de negócios das bancas.

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A queda nas vendas de jornais e revistas impressos, devido ao acesso online a notícias e entretenimento, forçou muitas bancas a se reinventarem.

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No Brasil, muitas bancas tentaram se adaptar. Muitas passaram a vender produtos variados, como brinquedos, acessórios para celular, alimentos e bebidas.

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Nos anos 2010, o declínio do modelo tradicional de bancas se acentuou. Muitas fecharam suas portas devido à queda na circulação de impressos.

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Em alguns países, elas se modernizaram, incorporando serviços digitais ou se tornando cafés e espaços culturais.

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Em grandes cidades do Brasil, algumas bancas se tornaram espaços híbridos, como a famosa Banca Tatuí, em São Paulo.

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