Arlequim, Pierrot e Colombina são personagens clássicos do Carnaval, citados em marchinhas e representados por fantasias na folia. O Flipar conta a seguir a origem deles!
Crédito: Reprodução de FacebookA origem dos três remete à Commedia dell’Arte, também conhecida como Commedia Alla Maschera (Comédia com máscaras), estilo teatral surgido na Itália durante o século 16 e que foi popular até o século 18.
Crédito: Paulo Cézanne/Wikimédia CommonsNa trama, eles são personagens de uma sátira social que se envolvem em um triângulo amoroso. Pierrot ama a Colombina, que, por sua vez, ama e tenta atrair Arlequim.
Crédito: Reprodução do X @KLAssurbanipalO gênero foi criado como uma alternativa popular ao que se chamava Commedia Erudita, fundada na literatura e falada em latim, língua restrita à elite da época.
Crédito: - Reprodução de FacebookAs histórias do trio eram encenadas em ruas e praças de cidades da Itália, servindo como entretenimento público inspirado pelas festividades carnavalescas.
Crédito: Reprodução de FreepikEra também uma representação satírica da vida e dos costumes da elite italiana do período.
Crédito: DivulgaçãoEmbora houvesse um enredo prévio, a improvisação cômica em esquetes, técnica conhecida como iazzi, era a característica principal das peças. As entradas e saídas dos personagens em cena eram roteirizadas.
Crédito: Paul Cézanne/Wikimédia CommonsPierrot, Arlequim e Colombina tornaram-se os personagens mais famosos desse estilo teatral, representando os servos palhaços (zanni, no original), porém havia muitos outros.
Crédito: Imagem de Steph684 por PixabayEntre as outras figuras nas encenações aparecia o Pantaleão, um comerciante avarento e desajeitado que era patrão dos serviçais e vivia sendo debochado por eles. Havia ainda o Doutor, um intelectual exibicionista, e o Capitão, oficial que fingia valentia, entre outros
Crédito: Domínio PúblicoAs peças da Commedia dell’Arte costumavam ter um intervalo recheado por espetáculos de acrobacia e encenações satíricas.
Crédito: Arl Reprodução de Rede SocialOs personagens eram baseados em tipos reais, porém com caracterizações exageradas para dar o tom satírico às peças.
Crédito: Flickr State Library of New South WalesOriginalmente, o personagem Pierrot chamava-se Pedrolino. No século 19, os franceses o rebatizaram com o nome com o qual é popular atualmente.
Crédito: Imagem de 6557056 por PixabayMais pobre entre os serviçais, Pierrot não utilizava máscara e tinha o rosto pintado de branco. Suas vestes eram feitas de sacos de farinha.
Crédito: Domínio público/Wikimédia CommonsO contínuo sofrimento do Pierrot pelo amor não correspondido da Colombina o fazia ser alvo de piadas. Por isso, o personagem costuma aparecer representado com uma lágrima abaixo dos olhos.
Crédito: Flickr Ella OrmerodPreguiçoso e metido a esperto, o malandro Arlequim costumava dançar e fazer ousados movimentos acrobáticos. Com roupas de losangos, pregava peças nos companheiros de cena e sempre conseguia se desvencilhar com desenvoltura dos tumultos que criava.
Crédito: Domínio público/Wikimédia CommonsUma características marcante do Arlequim era a pantomima, técnica de teatro focada no gestual, de mímicas, com poucas falas.
Crédito: Chris Brown/Wikimédia CommonsJá a Colombina, símbolo da alegria e encantamento, era funcionária de uma filha de Pantaleão. Bela, ela era o centro do famoso triângulo amoroso, gerando sofrimento em Pierrot. Para atrair o Arlequim, ela dançava e cantava nos espetáculos.
Crédito: Domínio público/Wikimédia CommonsNo Carnaval brasileiro, os personagens aparecem ainda hoje representados em blocos e salões com suas caracterizações clássicas. Eles foram integrados à festa no Brasil graças a composições que se inspiraram na commedia dell’arte no início do século 20.
Crédito: Reprodução do X @Shelli_BHMarchinhas clássicas do Carnaval brasileiro citam os personagens, como “Pierrot Apaixonado”, de Noel Rosa e Heitor dos Prazeres, que diz logo na introdução: “Um Pierrô apaixonado que vivia só cantando por causa de uma colombina acabou chorando”.
Crédito: Reprodução do X @Shelli_BHOutra marchinha famosa é “Máscara Negra”, de Zé Keti (foto), que tem os famosos versos iniciais: “Oh, quanto riso! Oh, quanta alegria! Mais de mil palhaços no salão. Pierrot está chorando pelo amor da Colombina no meio da multidão”.
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