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O que já se sabe sobre o avião que explodiu em Ubatuba

Em entrevista ao Jornal da Tupi, Maurício Pontes, especialista em segurança aeronáutica, destaca que a aeronave atendia às especificações para operar na pista e analisa aspectos de segurança e investigação do acidente

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Vídeo mostra avião de pequeno explodindo após ultrapassar a pista do aeroporto de Ubatuba
Avião de pequeno porte explode em praia de Ubatuba. Foto: Reprodução de vídeo

O avião de pequeno porte que se acidentou em Ubatuba (SP) na manhã desta quinta-feira (9), resultando na morte do piloto, estava tecnicamente apto para operar na pista do aeródromo local, afirmou Maurício Pontes, assessor executivo da Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac). Em entrevista ao Jornal da Tupi, da Super Rádio Tupi, o especialista em gestão de crises e investigação de acidentes aeronáuticos explicou que, na aviação executiva, a capacidade de pousar em pistas menores e menos estruturadas faz parte do design das aeronaves.

Pontes destacou que a adequação de qualquer avião a uma pista envolve uma série de cálculos, que consideram peso, balanceamento e distâncias disponíveis. “Cada voo tem um planejamento específico, semelhante a calcular a frenagem de um carro, dependendo de sua carga. No caso do acidente em Ubatuba, não havia impedimento para que a aeronave utilizasse a pista”, afirmou.

Uso de copiloto: exigência depende de certificação

Questionado sobre a necessidade de um copiloto, Pontes esclareceu que a aeronave Cessna acidentada pode ser operada por apenas um piloto, desde que este tenha certificação específica. “Há um treinamento especial que permite ao piloto voar sozinho. A regulamentação americana permite isso, e é provável que a ANAC também adote essa regra, considerando a homologação internacional”, explicou.

Investigação: imagens são cruciais, mas requerem cautela

Sobre a investigação, o especialista alertou que, embora imagens de câmeras de segurança e gravações de celulares sejam úteis, é fundamental analisá-las cuidadosamente dentro de um contexto técnico-científico. “A posição da câmera pode distorcer a percepção de altitude ou velocidade”, disse Pontes. Ele também comentou que, apesar da importância das caixas-pretas, esse tipo de aeronave não é obrigado a ter registradores de voo, o que pode limitar os dados disponíveis.

A perícia segue em andamento, e Pontes enfatizou que conclusões precipitadas são prejudiciais. “A investigação aeronáutica brasileira é referência mundial. Cada detalhe, das condições climáticas ao estado mecânico, será analisado com rigor antes de qualquer determinação sobre as causas do acidente”, concluiu.

Fique ligado

Sob o comando de Sidney Rezende, o Jornal da Tupi vai ao ar de segunda a sexta, a partir das 18h, na Super Rádio Tupi.

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