Coronavírus
Fiocruz fará mapeamento sobre efeito da vacinação na Maré
Pesquisa abordará também como funciona dinâmica de circulação do vírus no território
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(Foto: Divulgação)
O Complexo da Maré, um dos maiores conjuntos de favelas do Rio de Janeiro, sediará um estudo liderado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre o impacto da vacina contra a Covid-19 no local. A iniciativa é uma colaboração entre a Fundação, a ONG Redes da Maré e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O estudo procura entender não só como a proteção do imunizante se dá e a forma que as variantes se comportam, mas também visa compreender qual a maneira que isso se dá em territórios com tantas peculiaridades, como as periferias brasileiras de um modo geral. A pesquisa abordará também como é a dinâmica de circulação do vírus no território.
“Olhar o impacto da vacinação numa grande comunidade já seria algo inédito. Agora pensar que isso será realizado na Maré, que tem dimensão populacional superior a 96% dos municípios do país, é algo único, que nos permitirá um mapeamento com características singulares. Aspectos da doença em si, como a dinâmica de transmissão do vírus no território, a vigilância de suas variantes e o acompanhamento de possíveis efeitos adversos das vacinas serão outros pontos abordados pelo estudo, para além da efetividade da vacina, que é o foco principal”, conta Fernando Bozza, pesquisador da Fiocruz e coordenador do estudo.
A pesquisa faz parte de outras ações de mobilização social que ocorrem na Maré desde junho de 2020, como o projeto Conexão Saúde – De Olho na Covid. Essa ação, que hoje é referência no combate à pandemia em territórios de favelas, oferece de maneira gratuita os serviços de testagem entre os moradores da Maré.
Segundo o ‘Censo Maré’, o complexo de favelas conta atualmente com cerca de 140 mil pessoas, distribuídas entre as 16 comunidades.
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