Brasil
BCG é a única vacina do calendário infantil que já bateu a meta de cobertura em 2022
Cenário mais grave é registrado entre as vacinas aplicadas após o aniversário de um ano
A um mês do fim do ano, dados preliminares do Programa Nacional de Imunizações (PNI) indicam que o Brasil ainda não atingiu a meta de cobertura vacinal para a maioria dos imunizantes do calendário básico infantil em 2022. Apenas a BCG, que previne formas graves de tuberculose, chegou à meta de vacinar 90% dos bebês menores de um ano no cenário nacional, embora as regiões Sul e Sudeste não tenham atingido a meta.
O cenário mais grave é registrado entre as vacinas aplicadas após o aniversário de um ano, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (que inclui a primeira dose da varicela, além de sarampo, caxumba e rubéola) e hepatite A – que estão com cobertura inferior a 50% da população-alvo.
A análise é divulgada pelo Observa Infância (Fiocruz/Unifase). A meta anual é vacinar 90% dos bebês menores de um ano com a BCG. Para a febre amarela, a meta é 100%, enquanto para os demais imunizantes do calendário básico a meta estipulada pelo Ministério da Saúde é 95%.
A tríplice viral, aplicada a partir dos 12 meses de idade, tem a menor cobertura do calendário básico infantil. Segundo os dados disponíveis até novembro, duas de cada três crianças no Brasil não completaram a imunização contra sarampo, caxumba e rubéola ao longo do segundo ano de vida.
Já a cobertura dos imunizantes previstos no calendário para bebês menores de um ano ficou abaixo da meta em todos os casos, mas os registros indicam maior adesão à vacinação nessa faixa etária. A cobertura nacional contra DTP (difteria, tétano e coqueluche), poliomielite, PCV (pneumocócica), MenC (meningite C), hepatite B e Hib (Haemophilus influenzae tipo B) ficou acima de 70%, mas ainda está longe da meta.