Tecnologia
A realidade dos crimes virtuais no Rio de Janeiro
Ataques digitais se tornam perigos reais graças à legislação
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A realidade dos crimes virtuais no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)
Nos últimos cinco anos, percebe-se o aumento dos crimes virtuais, ou seja, marginais que se aproveitam dessa massiva utilização de smartphones e, da falta de conhecimento em boas práticas de segurança da informação pelos/as usuários/as, para aplicar golpes, roubando senhas do WhatsApp¸ para se passar pela vítima e roubar dinheiro de parentes e conhecidos ou até mesmo ficar observando as pessoas em espaços públicos, esperando que alguma dessas se distraia, digite uma senha, de acesso a banco ou de cartão de crédito, para filmar ou simplesmente decorar e, em seguida roubar seu dinheiro.
A legislação contra crimes virtuais se adapta junto ao crescimento desta prática, a mais recente foi em 27 de maio de 2021, a qual tornou ainda mais sério os crimes de violação de dispositivo informático, furto e estelionatos feitos de forma virtual/eletrônica.
A atitude tem muita importância afinal, segundo uma pesquisa realizada pelo analista de dados Cláudio Bonel, a situação se agravou demais no período da pandemia. “Ainda não temos estudos científicos para concluir o porque (Cresceu tantos estes crimes na pandemia), porém, existe algumas hipóteses e uma delas aponta para o trabalho home-office, onde houve – e ainda há – um aumento massivo do uso das redes de Internet, com isso há uma maior exposição, consequentemente aumenta as possibilidades de ataques virtuais.”, diz o especialista.
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Claudio Bonel, analista de dados (Foto: Reprodução)
A Evelyn Guimarães, coordenadora de uma empresa de comunicação, passou perto de ser vítima deste golpe: Um número desconhecido entrou em contato com ela via Whatsapp dizendo que conseguiu o contato pela “empresa” e pediu o seu nome completo e CPF para a realização de uma promoção de plano de saúde. “Eu não enviei nada, e aí logo depois enviaram um áudio pedindo mais uma vez e ainda qual era o meu plano de saúde, só bloqueei o contato e não passei nada.” diz ela.
A Dra. Maria Fernanda Lyra, advogada e consultora com 20 anos de experiência e especialista em Lei Geral de proteção de Dados fala um pouco sobre como é comum este caso e quais são as precauções que devemos tomar: “É de extrema importância sempre se manter desconfiado de mensagens e ligações. Muitos criminosos costumam se passar por funcionários oferecendo alguma ajuda. É muito importante você proteger suas contas bancárias, autorizando os apps de banco ou contas digitais a serem acessados através através de impressão digital. Proteja também suas redes sociais, deixando apenas aberta para amigos.”
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Dra. Maria Fernanda Lyra, advogada e consultora com 20 anos de experiência e especialista em Lei Geral de proteção de Dados (Foto: Divulgação)
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