Sem reajuste na tabela, Imposto de Renda pesa cada vez mais no bolso dos brasileiros - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco

Economia

Sem reajuste na tabela, Imposto de Renda pesa cada vez mais no bolso dos brasileiros

Esta tributação, aplicada sobre os salários dos assalariados, tem sido alvo de críticas devido à sua contribuição para a desigualdade tributária

Publicado

em

Sem reajuste na tabela, Imposto de Renda pesa cada vez mais no bolso dos brasileiros
Sem reajuste na tabela, Imposto de Renda pesa cada vez mais no bolso dos brasileiros

O Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) é um dos tributos mais discutidos no Brasil, especialmente em períodos eleitorais. Esta tributação, aplicada sobre os salários dos assalariados, tem sido alvo de críticas devido à sua contribuição para a desigualdade tributária. A tabela utilizada para determinar as alíquotas aplicáveis a diferentes faixas de renda não recebe ajustes desde 2014, aumentando assim a carga tributária para muitos indivíduos.

Paulo Ayres Barreto, professor de Direito Tributário da Universidade de São Paulo, destaca que a falta de reajuste anual das alíquotas do IRPF amplifica a tributação sobre os cidadãos. Com a inflação acumulando ao longo dos anos, sem a devida correção, mais pessoas acabam pagando valores maiores, apesar de suas receitas não terem necessariamente aumentado no mesmo ritmo.

Créditos: depositphotos.com / rmcarvalhobsb

Por que o Reajuste é Necessário?

A prática de atualizar a tabela do Imposto de Renda regularmente foi abandonada há décadas. Caso houvesse uma atualização baseada na inflação desde o início do Plano Real, hoje a isenção poderia cobrir aqueles que recebem até R$4.608, equivalente a aproximadamente 3,8 salários mínimos. Este ajuste diminuiria significativamente o peso do tributo sobre a faixa de renda mais baixa, aliviando seus impactos financeiros.

Barreto argumenta que a atualização regular da tabela, seja pela inflação ou pelo crescimento do salário mínimo, evitaria a disparidade atual. A ausência de reajustes transforma o IRPF numa forma de arrecadação que, além de defasada, onera desproporcionalmente os trabalhadores em vez de equilibrar cortes de gastos públicos ou buscar novas fontes de arrecadação.

Como o Processo de Reajuste Deveria Funcionar?

O ajuste das alíquotas do Imposto de Renda deveria ocorrer por meio de um projeto de lei encaminhado pelo Poder Executivo anualmente. Porém, a ausência dessa prática tem resultado em uma carga fiscal crescente para o trabalhador, que paga mais em impostos a cada ano que passa sem atualização. Este mecanismo poderia evitar o estado atual, onde o imposto se torna um fardo financeiro cada vez mais pesado.

A defasagem não penaliza apenas o contribuinte diretamente, mas tem implicações mais amplas na economia, afetando o consumo e a circulação de dinheiro. Manter as faixas de isenção atualizadas é vital para um sistema tributário mais justo e equilibrado.

Quais as Consequências de Não Atualizar as Alíquotas?

Sem a atualização das alíquotas, as parcelas a deduzir do Imposto de Renda permanecem defasadas. Anteriormente, a alíquota de 7,5% tinha uma parcela a deduzir de R$158,40; para 15%, R$370,40; para 22,5%, R$651,73; e para 27,5%, R$884,96. Essas cifras revelam a significância do impacto na tributação líquida diária.

À medida que essas cifras se tornam cada vez mais irrelevantes em um contexto econômico em evolução, os salários são sobrecarregados com tributos maiores. Assim, o cenário de defasagem não beneficia a população, causando perdas tanto de poder aquisitivo quanto de qualidade de vida.

Quais Medidas Podem Ser Tomadas?

A implementação de um sistema de reajuste automático, vinculado a indicadores econômicos como inflação e salário mínimo, poderia ser uma solução viável. Este sistema regularizaria as adaptações da tabela do IRPF sem a necessidade de prolongadas discussões políticas, garantindo justiça fiscal e previsibilidade econômica.

Além disso, esforços no sentido de uma reforma tributária abrangente poderiam abordar a equidade tributária de forma geral, conduzindo a um modelo mais justo e eficiente, que não apenas aborde o imposto de renda, mas também harmonize o conjunto mais amplo de incidências fiscais no Brasil.

9 comentários

1 comentário

  1. José Elias Lapenta

    24 de novembro de 2024 em 15:19

    E esse governo por acaso tem interesse em diminuir a parte dele. Povo se ferrando com impostos e não mexem nesse lixo. Gentalha de merd@

  2. Jhonatan cardozo

    23 de novembro de 2024 em 10:22

    Pois é, ficamos de 2016 a 2022 sendo governados pela direita que nao gosta de impostos, que fala que precisa baixar impostos, mas ela não reajustou a tabela. Por que será?

    • José Augusto F Lins

      24 de novembro de 2024 em 09:16

      Tudo pulantra seja de direita seja de esquerda, todos só pensam no próprio bem estar.

  3. Nazareth

    22 de novembro de 2024 em 19:15

    Deixa de ser mal notíciado,
    O nível dedo fez, um geitinho.
    E não vai ter mas reajuste,
    Tem muita viagem pra frente com janjapaluzza.

    • Claudio

      23 de novembro de 2024 em 06:44

      No Brasil é assim, prioridade de arrecadação. São parasitas e mais parasitas sugando nosso dinheiro através de uma montanha de impostos! Seu primeiro sócio,governo federal, segundo: governo estadual e terceiro: prefeitura!
      Pra mim! Isso também é uma forma de terrorismo. País hipócrita….

  4. Antonio Carlos Bezerra

    22 de novembro de 2024 em 17:09

    o mitomanìaco capitão safado ficou 4 anos sem corrigir a tabela do imposto de renda. Lula já fez duas correções e até o fim do seu mandato vai isentar quem ganha até 5 salários mínimos.

    • FRANCISCO PEIXOTO

      22 de novembro de 2024 em 17:58

      Desde o golpe com “supremo com tudo o vampiro temeroso não reajustou a tabela.

    • Donisete

      24 de novembro de 2024 em 08:05

      Sou cidadão comum e sem formação acadêmica, mais, sempre comento com os menos esclarecidos sobre está sacanagem política e financeira adotada pelo poder federal,representada pelos que escolhemos através dos votos, mais que só agem por interesses próprios. Ao não incluírem está calamidade falta de correção na tabela do IRPF, desde o ano de 2014, como também outras disparidades como, dedução de despesas com educação,aluguéis pra quem paga, despesas com dependentes, e outras tantas.Se simplesmente, incluíssem e aprovassem a devida correção dentro da reforma tributária, não precisaria continuar enganando a maioria da classe de trabalhadores brasileiros dizendo que, irá isentar do do imposto de renda, os que ganham até R$5.000,00
      Bom dia

    • Leandro Marcos Mataruco

      24 de novembro de 2024 em 15:24

      Achei a reportagem tendenciosa.
      Já foram feitas duas correções no governo atual,por que não foram informadas essas correções?
      Precisamos de informações não meias verdades.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *