Rio
Terreirão do Samba é agora Patrimônio Cultural e Imaterial do Rio de Janeiro
Projeto de Lei foi aprovado por unanimidade e em discussão única nesta terça-feira (19)A Assembleia Legislativa aprovou na tarde desta terça-feira (19), por unanimidade e em discussão única, o Projeto de Lei de autoria do deputado Dionísio Lins (Progressista) que considera o Terreirão do Samba Nelson Sargento, na Praça Onze, como Patrimônio Cultural e Imaterial do Rio de Janeiro. De acordo com o parlamentar, os objetivo são preservar o valor histórico do local, resguardar um espaço tradicionalmente conhecido por inúmeras manifestações culturais e evitar qualquer tipo de destruição, descaracterização ou mudança de endereço, bem como a transferência definitiva de suas atividades, salvo a necessidade de obras emergenciais no local.
“Todos nós sabemos que o Terreirão do Samba é um local bem democrático e com manifestações culturais de diversas áreas, principalmente o samba carioca. A preservação de suas atividades trará maior segurança para seu entorno, além de atrair turistas nacionais e do exterior não somente durante o Carnaval, mas todos os interessados em cultura e entretenimento”, disse Dionísio.
“Vale lembrar que o espaço tem capacidade para cerca de 16 mil pessoas por noite, além de contar com a provação do público por estar próximo das estações do metrô e pontos finais de ônibus. O Terreirão teve sua origem com nossa saudosa Tia Ciata, além de Hilário Jovino, João da Baiana, Tia Carmem, Donga, Mestre Cazuza e Xangô da Mangueira, entre outros. O local, inclusive, é carinhosamente conhecido por todos nós cariocas como ‘o berço do samba'”, completou.
Inaugurado em 7 de fevereiro de 1991, o Terreirão do Samba surgiu como símbolo da cultura afro-brasileira no Centro do Rio de Janeiro, em região conhecida como Pequena África, tendo próximo o Cais do Porto, a Cidade Nova, o Morro da Providência e o Morro da Conceição.
O Terreirão nasceu da necessidade de criação de um espaço alternativo para todos os sambistas apresentarem sua arte.