Baixada Fluminense
Suspeitos de comprar testes de Covid superfaturados em Japeri terão contas bloqueadas
Justiça Federal determinou ainda o bloqueio e o confisco dos bens dos envolvidos no esquemaOs suspeitos de comprar testes de Covid superfaturados para a Prefeitura de Japeri, na Baixada Fluminense terão contas e bens bloqueados. De acordo com a PF, os investigados envolvidos no esquema, que não tiveram os nomes divulgados, podem responder pelo crime de fraude à licitação. Na manhã desta terça-feira (14), os agentes deflagraram a Operação Reativo, que investiga as fraudes praticadas no processo licitatório.
A ação contou com a participação de cerca de 120 policiais federais, que cumpriram 26 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal de São João de Meriti, em sete cidades do estado: Rio de Janeiro, Japeri, Laje de Muriaé, Nilópolis, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Mesquita.
Segundo a Polícia Federal, a investigação teve início após a deflagração da Operação Apneuse, em setembro do ano passado, e a análise realizada pela Controladoria Geral da União em contratos da Prefeitura de Japeri, que comprovou o sobrepreço nos processos licitatórios. A apuração aponta que três empresas que participaram do certame.
O inquérito aponta que o grupou agiu de forma a direcionar a empresa ganhadora da concorrência a firmar um contrato no valor de R$ 2 milhões de reais, com o município da Baixada Fluminense. Além disso, a PF verificou que tais empresas estão vinculadas a diversos processos licitatórios em várias outras cidades no Estado.
Os investigados sã pessoas físicas e jurídicas, por decisão judicial, terão contas bancárias bloqueadas, bens e valores sequestrados e responderão pelos crimes de fraude à licitação e peculato, sem prejuízo de outros que possam surgir no decorrer da investigação. Procurada, a Prefeitura de Japeri informou que nega qualquer envolvimento no esquema de favorecimento em assinatura de contratos de licitação com empresas fornecedoras de testes de covid-19, descoberto em um levantamento feito pela Controladoria-Geral da União.
Por meio de nota, a prefeitura de Japeri informou que os primeiros indícios da fraude aconteceram na gestão do ex-prefeito Carlos Moraes, do PSDB, eleito em 2016.