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Socialite é presa após aplicar golpe de R$ 35 milhões para bancar vida de luxo

Socialite Samira Bacha Rodrigues é suspeita de aplicar golpe financeiro em três empresas de crédito das quais era sócia

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Samira Bacha Rodrigues. Foto: Reprodução / Instagram

Uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais prendeu nesta terça-feira (25) uma mulher suspeita de aplicar um golpe financeiro de cerca de R$ 35 milhões em três empresas de crédito das quais era sócia. Samira Monti Bacha Rodrigues também é suspeita de lavagem de dinheiro.

Ela foi presa em seu apartamento, avaliado em R$ 6 milhões, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A defesa disse que aguarda acesso às informações do processo para se manifestar sobre o caso.

De acordo com a investigação, o dinheiro desviado era gasto com artigos de luxo, como carros importados, bolsas e joias. Os valores também eram convertidos em passagens aéreas e criptomoedas, segundo a polícia. Entre os bens recuperados na operação estavam relógios de luxo, bolsas de até R$ 280 mil e joias.

Fraudes começaram em 2020

O delegado Alex Machado disse que a mulher começou a cometer as fraudes em 2020, dois anos após se tornar sócia de uma empresa de cartões de crédito de benefícios, a convite de um amigo.

Ela começou aumentando os limites dos cartões das empresa, segundo o policial. Ele disse que a mulher gastava os valores e, em seguida, apagava as dívidas dos sistemas. De acordo com a investigação, o prejuízo precisava ser arcado pelo “outro lado” da ponta, os pequenos empresários e estabelecimentos onde os cartões eram passados pelos clientes.

“Cada cartão tem um limite para fazer compra, e ela percebeu que podia aumentar o limite, gastar o cartão. Depois, ela mesma apagava, tirava a dívida do sistema”, afirmou. Ainda segundo a polícia, Samira passou a atuar em outra companhia do mesmo grupo, especializada em cartões para a classe médica, com valores maiores. Os valores das fraudes chegaram a R$ 500 mil, segundo a polícia.

Compra de artigos de luxo com dinheiro desviado

Por fim, ela migrou para uma terceira empresa do grupo, voltada para a antecipação de recebíveis. A mulher teria simulado operações se passando por clientes cobrando valores de outras empresas.

O montante, porém, era direcionado diretamente para a conta bancária dela. Ao longo do período das fraudes, a mulher passou a frequentar a “alta sociedade” de Belo Horizonte, segundo os policiais. Ela realizava diversas viagens internacionais para comprar artigos de luxo com o dinheiro desviado.

“Nós obtivemos documentação de que ela fez compras em Dubai de U$S 150 mil e US$ 180 mil”, afirmou o delegado Alex Machado. Ainda segundo a polícia, Samira se associou com uma joalheria na região de Nova Lima para vender as peças. A dona da joalheria foi alvo de mandados de busca e apreensão na operação. Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão.

“Ela já estava preparando para roubar tudo e ir embora, para sumir com tudo que pudesse, quebrar literalmente as empresas. Por sorte, [o crime] foi descoberto”, afirmou o delegado Alex Machado. Além de Samira, outras 10 pessoas foram detidas. Entre eles, estavam o pai e a mãe, além de funcionários da mulher. Cinco foram liberados após prestar esclarecimentos à polícia.

Após ser descoberta por um funcionário da empresa de recebíveis, a mulher foi denunciada pelos sócios. Eles teriam confrontado a mulher, que se comprometeu a devolver os valores e chegou a entregar parte do dinheiro. Mas, ainda segundo a Polícia Civil, posteriormente, a suspeita passou a negar os desvios e ocultar o restante.

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