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Rússia exige anexação de 20% do território ucraniano para cessar-fogo

Moscou demanda reconhecimento de regiões ocupadas e neutralidade da Ucrânia para encerrar conflito

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Foto: Reprodução/kremlin

A Rússia estabeleceu condições rigorosas para aceitar um cessar-fogo na Ucrânia, exigindo a anexação de aproximadamente 20% do território ucraniano, além de garantias de que o país não ingressará na OTAN. Essas demandas foram imediatamente rejeitadas por Kiev, que considera inegociável sua integridade territorial e soberania nacional.

O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou que, desde a proposta inicial de paz feita pelo presidente Vladimir Putin em 14 de junho, a Ucrânia perdeu cerca de 420 quilômetros quadrados de território e sofreu baixas significativas. Shoigu alertou que, quanto mais a Ucrânia demorar para negociar, mais duras serão as condições impostas por Moscou.

Entre as exigências russas estão:

  • Retirada das tropas ucranianas das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhia, que Moscou anexou unilateralmente em 2022.
  • Reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia, anexada em 2014.
  • Garantias legais de que a Ucrânia não se juntará à OTAN e não permitirá o desdobramento de tropas estrangeiras em seu território.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou essas condições, enfatizando que a Ucrânia não reconhecerá as áreas ocupadas como território russo. Zelensky também expressou preocupação com a possibilidade de que tais exigências possam atrasar e dificultar o fim do conflito.

A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, considera as demandas de Putin inaceitáveis. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, afirmou que “não há nenhum país no mundo que possa dizer seriamente que isto é aceitável ao abrigo da Carta da ONU, do direito internacional, da moralidade básica ou do bom senso”.

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Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que uma trégua entre Rússia e Ucrânia é iminente após conversas com Putin, descrevendo-as como “muito boas e produtivas”. No entanto, as exigências de Moscou representam obstáculos significativos para a concretização de um acordo de paz duradouro.

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