Romeiro atropelado na Dutra a caminho de Aparecida era ligado ao PCC

Edmilson de Meneses, de 51 anos, foi atropelado por um ônibus enquanto realizava uma peregrinação pela Via Dutra (BR-116), na noite de terça-feira (8), em direção ao Santuário Nacional de Aparecida. Informações confirmadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) ao site G1, nesta sexta-feira (9), indicam que Meneses era integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo conhecido pelos apelidos de “Grilo” e “Bicho que Pula”.

Meneses era um dos alvos da Operação Sharks, uma investigação deflagrada em 2020, que buscava desmantelar os novos líderes do PCC após a transferência dos chefes mais influentes da facção para presídios federais no ano anterior. A operação também estava focada em crimes de lavagem de dinheiro, e Meneses foi um dos suspeitos identificados durante essa investigação.

Embora Meneses tenha sido absolvido das acusações inicialmente, o Ministério Público de São Paulo não concordou com a decisão e recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), onde o caso ainda aguarda julgamento. As investigações continuam sob a responsabilidade do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que segue examinando as atividades da facção.

Longo Histórico de Crimes

Desde 1991, Edmilson de Meneses acumulava um extenso histórico criminal, sendo investigado por diversos crimes que incluíam roubo, dano, receptação e condução sem habilitação.

Ele respondia a 11 processos judiciais e chegou a ser condenado a 24 anos de prisão em um deles. No entanto, as informações sobre o cumprimento dessa pena não foram divulgadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Outros Feridos no Acidente

A CCR RioSP informou que o motorista do ônibus de turismo seguia na pista sentido Rio de Janeiro e atingiu três pessoas na altura do km 188.

No momento do atropelamento, Meneses estava acompanhado por Roberto Soriano Filho. Este é filho de Roberto Soriano, também conhecido como “Tiriça”, um antigo líder do PCC que foi condenado em 2023 pela morte de uma psicóloga na Penitenciária de Catanduvas. O filho dele sofreu apenas ferimentos leves na ocasião e optou por não receber atendimento médico.