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Rio vai presidir ‘Rede Global de Cidades Antirracistas’

Rede foi lançada em um evento, em Denver, nos Estados Unidos, e vai contar com a participação de 27 municípios do Brasil e 22 de outros países

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Rio vai presidir 'Rede Global de Cidades Antirracistas'
Rio vai presidir 'Rede Global de Cidades Antirracistas' (Foto: Divulgação)

O Rio de Janeiro vai presidir a Rede Global de Cidades Antirracistas, um grupo de cooperação entre cidades das Américas para tratar da igualdade racial. A rede foi lançada em um evento, em Denver, nos Estados Unidos, e vai contar com a participação de 27 municípios do Brasil e 22 de outros países.

O objetivo da iniciativa é promover políticas públicas de igualdade racial para beneficiar as populações negra, indígena, quilombola, cigana e tradicional de matriz africana, respeitando sempre a diversidade de cada região.

“A assinatura do Pacto de Combate ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial, que hoje cria a Rede Global de Cidades Antirracistas, é um marco histórico não apenas para nossas cidades, mas para toda a humanidade. A pauta antirracista é, antes de tudo, uma questão civilizatória. Não há justiça sem igualdade. Por meio da cooperação internacional, pensaremos de forma coordenada e sistemática a política urbana de dezenas, e, futuramente, centenas de municípios. Faremos isso com um olhar atento às diferenças que nos constituem, mas unidos por um mesmo objetivo. A Rede Global de Cidades Antirracistas é uma rede de inovação do setor público, que tem como objetivo o compartilhamento de experiências de políticas públicas exitosas e o apoio mútuo entre seus membros. Com a construção da Rede Global de Cidades Antirracistas, o antirracismo deixa de ser apenas uma declaração e torna-se o nosso método de ação”, afirmou o prefeito Eduardo Paes, durante a cerimônia de lançamento, nos Estados Unidos.


A cidade do Rio de Janeiro será a cidade presidente do grupo até fevereiro de 2024, quando será realizada uma eleição para o colegiado.

Há um compromisso de uma reunião anual para a avaliação das políticas de igualdade racial e para um intercâmbio das boas práticas. 

 É a concretização do Pacto pelo Combate ao Racismo e Promoção da Equidade Étnico-Racial, proposto pela Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial (CPIR), da Casa Civil da Prefeitura do Rio, e assinado em 20 de junho de 2022.

Até o momento, 27 municípios brasileiros, como Rio, Salvador, Belém, Duque de Caxias e Niterói, e 22 de toda a América, como Houston, Baltimore, Lima e Georgetown, aderiram ao acordo. Três movimentos que lutam contra o racismo no Brasil participaram da cerimônia de lançamento: a União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro), o Movimento Negro Unificado (MNU) e o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN).

A Rede Global e o Pacto pelo Combate ao Racismo estão alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e aprofundam para governos locais instrumentos regionais e globais antirracistas como a “Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância” e a “Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas” (“Conferência de Durban”). O grupo tem quatro diretrizes: governança integrada e desenvolvimento territorial; educação, pesquisa, desenvolvimento e inovação; combate às desigualdades étnico e raciais e ao preconceito; e patrimônio cultural e direito à cidade.

Para atingir o objetivo de contribuir para a execução das políticas públicas, foi criado o Índice de Monitoramento do Desenvolvimento das Políticas de Promoção da Igualdade Racial (INDEPIR). Esse índice facilita a produção e análise de dados qualitativos e quantitativos sobre a governança das políticas públicas relativas ao tema.

A primeira edição da Cúpula das Cidades das Américas teve a presença do presidente dos EUA, Joe Biden. O encontro começou na quarta-feira (26/04) e termina na sexta (28/04) reúne governadores, prefeitos e outras autoridades locais, que debaterão sobre a cooperação em assuntos de interesse comum. As pautas principais da reunião de cúpula são o fortalecimento da democracia e da saúde pública; o estímulo a transições de energia limpa; a resolução de desafios ambientais; o aumento do acesso a tecnologias digitais; o combate à disseminação e à influência da desinformação; e a promoção de uma migração colaborativa e humana.

Veja a lista das cidades que aderiram ao acordo até a divulgação deste texto:

Brasileiras: Rio de Janeiro; Salvador; Belém; Niterói; Duque de Caxias; Nova Iguaçu; Volta Redonda; Campos dos Goytacazes; Petrópolis; Cabo Frio; Itaboraí; Nilópolis; Macaé; Magé; Queimados; São João da Barra; Quissamã; Arraial do Cabo; Japeri; Quatis; Barra Mansa; Paraty; Paty do Alferes; Itaperuna; Valença; Pindamonhangaba; Uberaba.

Internacionais: Houston, EUA; Denver, EUA; Beverly Hills, EUA; Talladega, EUA; Newport News, EUA; Savannah, EUA; Baltimore, EUA; Mississauga, Canadá; Lima, Peru; Ocoyoacac, México; Nezahualcoyotl, México; Delicias, México; Chaguanas, Trinidad & Tobago; Georgetown, Guyana; Montego Bay, Jamaica; Colón, El Salvador; Buenos Aires, Costa Rica; Puriscal, Costa Rica; La Cruz, Costa Rica; Moravia, Costa Rica; San Diego, Venezuela; San Carlos, Venezuela.

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