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Educação

Retorno às aulas 100% presenciais entra em discussão em Niterói

Dados do último dia 5 indicam que 441.117 pessoas, já receberam a primeira dose

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escola municipal
(Sumaia Vilela / Agência Brasil)
escola municipal

(Sumaia Vilela / Agência Brasil)

O presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Niterói, o vereador Binho Guimarães (PDT), encaminhou, nesta quarta-feira (06), para as secretarias de Saúde e Educação um ofício solicitando a avaliação sobre o retorno pleno das aulas presenciais junto ao Comitê Científico.

Segundo o vereador, a proposta se deve a vários motivos, mas em especial por Niterói ter um dos melhores índices de imunização do país. Dados do último dia 5 indicam que 441.117 pessoas (mais de 80% da população) já receberam a primeira dose e 344.654 pessoas (mais de 65% da população) estão com o programa de vacinação completo.

Além disso, ainda no final de agosto foi antecipado o calendário para adolescentes a partir de 12 anos, com a vacinação para a faixa etária avançada na cidade.

“Não podemos nos furtar ao debate do retorno presencial às atividades escolares e precisamos mobilizar as autoridades científicas do município a se sensibilizarem sobre o tema. Trata-se não somente de assegurar o direito à educação de crianças e adolescentes como também de medida viabilizadora de segurança alimentar, estrutura familiar, proteção social e amparo sanitário. Nós vamos seguir colocando crianças e adolescentes no centro dessa discussão, trabalhando para minimizar os impactos da pandemia em nossas escolas”, explica Binho Guimarães.

Os efeitos da educação à distância têm sido monitorados pelas agências nacionais e internacionais envolvidas com educação. Já é comprovado que quanto menor a idade, maior a perda pedagógica, conforme consta em artigo recente da UNESCO.

Segundo a pesquisadora Rafaela Piquet, o debate se faz necessário, visto que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e sofre das mazelas inerentes à vulnerabilidade social extrema, pobreza, desemprego e miserabilidade que se agravaram na pandemia e prejudicaram diretamente o ensino público.