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Quem foi Jeane Lui? Mulher trans assassinada na Raja Gabáglia

Jeane Lui, mulher trans, foi assassinada na Raja Gabáglia; sua morte provoca indignação e levanta debate sobre violência contra a comunidade LGBTQIA+

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Créditos: Reprodução/ Instagram

Jeane Lui, mais conhecida como “Jeje Sucesso”, era uma figura familiar na comunidade do Morro do Papagaio e na escola de samba Cidade Jardim, em Belo Horizonte. Descrita pelo presidente da escola como alguém que, apesar das dificuldades, mantinha um sorriso constante, Jeane representava força e resiliência. Com 32 anos, sua trajetória foi interrompida tragicamente, mas não sem deixar uma marca indelével entre aqueles que a conheciam.

A escola de samba Cidade Jardim, onde Jeane se destacou por quase uma década, era mais do que um simples local de trabalho; era uma extensão de sua casa. Lá, ela não só participava dos eventos, mas também contribuía ativamente, demonstrando uma paixão pela organização e pela alegria coletiva que cativava a todos ao seu redor.

Qual era o papel de Jeane na comunidade?

Jeane era um elo forte na comunidade, onde exercia um papel fundamental não apenas como membro ativo, mas também como agente transformador. Sua atuação na escola de samba ia além do esperado. Ela foi reconhecida por sua habilidade e dedicação na produção de fantasias e na liderança de oficinas de corte e costura, ações que ajudavam a arrecadar fundos para a Cidade Jardim.

(Créditos: Reprodução/ Instagram)

Seu jeito carismático e humor peculiar conquistavam todos ao seu redor, marcos que lhe renderam o apelido de “Jeje Sucesso”. Jeane tinha planos de se aprimorar ainda mais em 2025, com um curso intensivo previsto no Espírito Santo, mostrando que mesmo diante das adversidades, não deixava de sonhar e construir seus próprios caminhos.

O que aconteceu na noite do crime?

A morte de Jeane ocorreu no último domingo, 5, após uma discussão em um baile funk, conforme relatos de testemunhas. Após o desentendimento com um homem que ainda não foi identificado, ela foi abordada por dois suspeitos na Avenida Raja Gabáglia. O crime foi presenciado por uma amiga, que relatou o ocorrido à polícia. Mesmo ferida, Jeane foi alvo de mais disparos, resultando no seu trágico falecimento.

O local próximo à escola de samba não contava com câmeras de segurança, complicando as investigações. A polícia recolheu cápsulas de munição de grosso calibre, mas os suspeitos ainda não foram localizados. Em um bairro onde a presença de Jeane era significativa, a investigação continua buscando justiça para “Jeje Sucesso”.

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