Quatro torcedores de torcida organizada que se envolveram em briga durante o Fla x Flu são banidos do estádio até o fim do ano

De acordo com a Polícia Civil quatro homens dos 30 detidos que se envolveram em brigas antes e durante a partida entre Fluminense e Flamengo válida pelas oitavas da Copa do Brasil na noite desta terça-feira (15), foram banidos dos estádios até o dia 31 de dezembro.

Por ser um crime de lesão corporal de menor potencial ofensivo com uma pena máxima de dois anos de reclusão, eles não ficam presos.

Os envolvidos passaram por uma transação penal, ou seja, um acordo com o Ministério Público, onde o réu assina se comprometendo que não vai cometer novamente o crime e responde em liberdade. Os 4 envolvidos serão julgados e além de serem proibidos de frequentar o estádio até o final do ano, podem pagar multa ou ter que fazer doação de cestas básicas. Os outros 26 envolvidos no tumulto foram liberados.

Com eles foram apreendidos soco-inglês, fogos de artifício, drogas e touca ninja.

A Super Rádio Tupi apurou com a Polícia Militar que foram registradas ocorrências em todos os clássicos disputados neste ano. No total, foram 73 detidos, mas a maioria assinou um termo com o ministério público se comprometendo a não cometer o crime novamente e foram liberados.

Além disso, mais de 50 materiais que seriam usados em confronto, como pedaços de madeira, soco-inglês, artefatos explosivos e bastões, foram apreendidos.

Dentro do estádio, os policiais ainda prenderam em um camarote o ex-presidente da Raça Rubro-Negra, Alesson Galvão de Souza. Ele está proibido de ir ao estádio. O ex-presidente chegou a postar imagens de dentro do estádio em suas redes sociais.

Muitos furtos também foram registrados no entorno do estádio e um homem foi encaminhado para a delegacia a 19 DP (Tijuca). Um cambista foi detido com nove ingressos e dinheiro em espécie.

Nota da Polícia Militar

“A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que o Batalhãode Policiamento em Estádios (BEPE) prepara o efetivo para os jogos mediante análise situacional. O efetivo ordinário do Batalhão ainda conta com o apoio das unidades dos bairros onde os jogos acontecem, do Grupamento de Polícia Ferroviária (GPFer), RECOM (Controle
de Multidões), além dos batalhões subordinados ao COE (BPCHq, BAC, e GAM).

Os agentes estão instruídos a atuar de forma imediata a qualquer indício de cometimento de crime, em qualquer ponto da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Cabe ressaltar que as polícias Militar e Civil atuam de forma integrada, cada uma em sua esfera de atribuição, para garantir que os eventos ocorram com segurança.

Para além do policiamento voltado aos jogos, as equipes realizam prisões por meio do sistema eletrônico de inteligência, que por meio de cruzamento de dados, permite verificar se o indivíduo possui mandado de prisão em aberto.”