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Capital Fluminense

Professora é presa por injúria racial após ofender garçonete em bar da Zona Norte

Segundo a vítima, Ana Paula Santos a teria chamado de "ladra" e "negra suja"; mulher pagou fiança e foi solta

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Mulher acusada de injúria racial com policiais militares
Foto: Reprodução
Mulher acusada de injúria racial com policiais militares

Foto: Reprodução

A Polícia Civil prendeu em flagrante a professora Ana Paula de Castro acusada de injúria racial contra a garçonete Rosilene Gomes de Carvalho. As duas foram levadas por policiais militares para a 19ª DP (Tijuca) e prestaram depoimento. O inquérito foi enviado para a Justiça. Se condenada, ela pode pegar 3 anos de prisão.

Apesar da prisão, Ana Paula pagou fiança no valor de R$ 2.200,00 e foi solta. O caso aconteceu na noite do último sábado (29), em um bar no Maracanã, na Zona Norte do Rio. Além de ofender a garçonete, a professora também agrediu verbalmente outros funcionários e clientes do bar.

A garçonete conversou com a Super Rádio Tupi e contou que antes de se exaltar, Ana Paula chegou pediu uma água, mas que a garrafa viesse fechada para que Rosilene não cuspisse dentro do recipiente.

No momento em que foi fechar a conta de Ana Paula e de uma outra mesa, por engano, Rosilene trocou as comandas.

“Fechei a conta dela e equivocadamente, por erro meu, sem querer, até pelo cansaço do dia, eu inverti as contas. Entreguei a conta de uma mesa que tinha dado R$ 264 e a conta dela, que tinha dado R$ 84. Percebi o equívoco e fui até ela. Já era tarde. Já estava levantada, exaltada em cima de mim, gritando palavras que eu era ladra, que eu era uma negra suja, que queria roubá-la, que eu atendi muito mal, que tinha pena de mim”, lembra a garçonete.

Em um vídeo gravado por uma cliente do bar, a professora Ana Paula de Castro Batalha assume os xingamentos.

 

“Referi como negra, eu assumo o que faço. Eu falei, eu assumo. Ela me chamou de branca azeda e eu falei que ela era negra. Assumo. Tenho doutorado “, disse.

Através das redes sociais, o bar Baródromo disse que “diante do ocorrido, teve de contar a fúria das pessoas que estavam lá, chamaram a polícia e foram para a delegacia”. Disse ainda que lamenta pelos funcionários e clientes que passaram pela situação. E se colocou à disposição para acompanhar o processo.

A Super Rádio Tupi tenta contato com Ana Paula Santos, mas até o momento não teve retorno.