Campeonato Brasileiro
Presidente interino da CBF decide demitir secretário-geral da entidade, que estava no cargo desde 2015
Dirigente era considerado o segundo na hierarquia administrativa da Confederação Brasileira de Futebol
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(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Presidente interino da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no cargo por conta do afastamento de Rogério Caboclo, coronel Nunes demitiu, na tarde desta quinta-feira (17), o secretário-geral da entidade, Walter Feldman, que ocupava a função desde 2015 e considerado o segunda na hierarquia administrativa. Ele foi nomeado há seis anos, quando foi nomeado por Marco Polo del Nero, ex-mandatário da organização e banido do futebol por corrupção. Agora, Eduardo Zebini, diretor de mídia, assumirá a posição temporariamente.
Apesar do desligamento, a CBF não deu maiores informações sobre a situação envolvendo Feldman. Antes de ser afastado pelo Comitê de Ética do Futebol e acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária, Caboclo já havia tentado tirar Walter da federação, sob a justificativa de não ter confiança no cartola. Porém, a ideia não progrediu e o médico e político acabou continuando no posto.
Nos anos que antecederam sua entrada no esporte, o ex-secretário-geral teve uma carreira política. Foi o coordenador da campanha de Marina Silva na eleição de 2014 para a Presidência da República. Em seguida, aceitou o convite de Del Nero, então presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), para trabalhar na entidade também como secretário-geral. Em 2015, veio à CBF.
E Walter Feldman, aliás, não foi o único da cúpula diretiva a ser desligado. Além dele, na semana passada, o diretor de recursos humanos, Marco Dalpozzo, acabou sendo demitido por coronel Nunes. O profissional, inclusive, chegou a formalizar em uma carta seu pedido de demissão ao então presidente, Rogério Caboclo, agora fora do cenário. Entretanto, seu desejo não foi levado à frente. A tendência é que mais demissões de diretores ocorram nos próximos dias.
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