Rio
Prefeitura demole construções irregulares às margens da Linha Vermelha
Todas as construções estavam sobre o canal de drenagem da via expressa e da rede pluvial da comunidadeA Prefeitura do Rio, por meio de ação conjunta entre a Secretaria Municipal de Conservação – SECONSERVA e a Subprefeitura da Zona Norte, demoliu 32 construções irregulares e não habitadas no interior da comunidade da Maré. A operação foi realizada nesta sexta, 6 de agosto, às margens da Linha Vermelha, nos fundos do Campus Educacional da Maré.
Ao todo, a equipe da Coordenadoria Técnica de Operações Especiais – COOPE demoliu dois imóveis residenciais em fase de acabamento, 14 edificações com características comerciais em fase de alvenaria e outras 16 em fase de estrutura e fundação. Cabe ressaltar que, no local, já havia mais de 60 demarcações de lotes que estavam sendo comercializados de forma irregular.
Todas as construções estavam sobre o canal de drenagem da via expressa e da rede pluvial da comunidade. Durante a ação, a Light desligou seis pontos clandestinos de energia elétrica.
A secretária de Conservação, Anna Laura Secco, enfatizou que o combate às edificações irregulares é uma prioridade da atual gestão da Prefeitura. “Temos um corpo técnico altamente qualificado que atua com rigor para garantir a ordem urbana. Estamos nas ruas fiscalizando, notificando e, por fim, demolindo o que não apenas vai contra a lei, mas oferece risco à população”, afirmou.
O subprefeito da Zona Norte, Diego Vaz, acompanhou os trabalhos. “Mais uma vez, nos deparamos com casas de alto padrão sendo construídas irregularmente. Agora, elas estavam no Complexo da Maré, no leito de um rio, rente às escolas e beirando a Linha Vermelha”, disse ele. “Além de representarem risco para os futuros ocupantes, essas construções revelam um novo padrão de uma organização que vem se instituindo no Rio de Janeiro”, acrescentou.
A operação teve o suporte da concessionária Lamsa, que removeu os painéis de isolamento da Linha Vermelha para o acesso das máquinas, e contou com o apoio da Coordenadoria Geral de Operações Especiais (CGOE), da CET-Rio, da Comlurb e da Secretaria Municipal de Assistência Social.
O trabalho envolveu 60 funcionários da Prefeitura, que usaram dez viaturas, uma escavadeira hidráulica, uma retroescavadeira, uma pá carregadeira e sete caminhões. Foram removidas 120 toneladas de entulho.