Meio ambiente
Balneabilidade da Praia de Botafogo é resultado do início dos trabalhos da Águas do Rio
Objetivo é zerar o despejo de esgoto in natura nos 143 rios e córregos, além das galerias pluviais, que deságuam na baía
A Praia de Botafogo, na Zonal Sul da cidade, própria para banho no fim de semana, após anos sem Balneabilidade, não foi ao acaso. Após o leilão da Cedae, a concessionária Águas do Rio, vencedora de dois lotes, que alcançam 12 dos 17 municípios da baía de Guanabara, se comprometeu a trabalhar na despoluição do ecossistema até 2033.
O objetivo é zerar o despejo de esgoto in natura nos 143 rios e córregos, além das galerias pluviais, que deságuam na baía. Além de boa parte da capital, a companhia atende a outros 11 municípios importantes do estado, na Baixada Fluminense e a cidade de São Gonçalo, a segunda mais populosa do Rio de Janeiro, com 1,1 milhão de habitantes. A projeção é que sejam injetados R$ 10,6 bilhões na despoluição da baía hidrográfica.
“A responsabilidade da Águas do Rio é estancar o despejo de esgoto sem tratamento. Sabemos que é o principal problema, mas não o único. Lixo urbano e resíduos da indústria naval, por exemplo, são assuntos que não passam por nós”, afirmou a empresa.
Além da biodiversidade marinha, a baía abriga o Porto do Rio de Janeiro, o segundo mais importante do país, base de atividades econômicas que geram trabalho e renda para a população fluminense. Apenas nos 12 municípios que serão trabalhados, são contabilizadas mais de 11 milhões de pessoas beneficiadas.