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Polícia prende trio envolvido na morte de advogado que teria enfrentado bicheiro na Justiça

O principal alvo dessa ação era o contraventor Bernardo Bello, um dos chefes do jogo do bicho no Rio

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(Foto: Divulgação)

A Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), prendeu três homens acusados de participar do assassinato do advogado e ex-policial civil, Carlos Daniel Dias André. Esse crime aconteceu em maio do ano passado.

Entre os presos de hoje, está um agente penitenciário, o Wallace Pereira Mendes. Além dele, foram detidos Marcelo Magalhães e Alan Diego, que é apontado como braço financeiro da organização criminosa.

O principal alvo dessa ação era o contraventor Bernardo Bello, um dos chefes do jogo do bicho no Rio, que é apontado de ser o mandante do crime, mas não foi localizado.

O promotor do MP, Pedro Simão, afirma que a operação chega para reduzir os crimes por esse grupo criminoso. “Eles não possuem receio, assassinaram uma pessoa a luz do dia com tiros dentro de um carro, sendo que o filho da vítima estava ao lado”, descreve.

Em maio de 2022, uma moto com dois homens parou ao lado do carro do advogado e disparou entre a fresta da janela do veículo, que era blindado. Um mês depois, a polícia prendeu os dois criminosos que estavam na moto.

As investigações apontam que Bernardo e Alan mandaram matar o Carlos Daniel por uma desavença quando o advogado defendeu uma empresa que estava envolvida na lavagem de dinheiro da organização criminosa.

Segundo o titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, Pablo Valentim, o crime foi planejado. “Eles usaram GPS e analisaram todo o cotidiano da vítima semanas antes do crime. Eles avaliaram o melhor local para efetuarem os disparos”, explica.

Bernardo Bello, ex-presidente da escola de samba Unidos de Vila Isabel, é réu, ao lado de cinco pessoas, pelo assassinato do bicheiro Alcebíades Paes Garcia, o Bid.

O advogado e vítima, Cláudio Daniel, era ex-policial civil e foi expulso da corporação em 2011, após ser preso pela PF transportando traficantes que tentavam escapar do cerco à Favela da Rocinha para a implantação da UPP. Ele cumpriu 6 anos de prisão e se formou em direito na cadeia. Tornou-se especialista no ramo de execuções penais — área em que advogou para muitos policiais e contraventores do jogo do bicho e máquinas caça-níqueis.