Rio
Polícia Civil prende casal acusado de agredir violentamente filho de 2 meses
Na delegacia, o pai da criança confessou ter perdido a cabeça e espancado o filho, após irritar-se com o insistente choro da criança
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(Foto: Lucas Araújo / Super Rádio Tupi)
Policiais civis da 134ª DP (Campos dos Goytacazes) prenderam em flagrante, nesta sexta-feira (02/04), um casal acusado de crime de tortura contra o filho de dois meses de idade.
Na delegacia, o pai da criança confessou ter perdido a cabeça e espancado o filho, após irritar-se com o insistente choro da criança.
O casal foi conduzido inicialmente à delegacia de São Fidélis, após a equipe médica do Hospital Armando Vidal ter constatado lesões corporais vísiveis e recentes na vítima. As informações preliminares dos responsáveis pelo atendimento médico constataram lesões como afundamento de crânio, fratura de costelas e mordidas pelo corpo, inclusive em estágios diversos de evolução, o que tende a caracterizar a denominada Sídrome de Silverman – ou da criança espancada.
A princípio, o casal apresentou versão nitidamente fantasiosa acerca do ocorrido, dizendo terem sido sequestrados por homens não identificados e colocados em um veículo onde teriam somente agredido a criança, versão que não mereceu qualquer credibilidade pelos agentes, denotando-se ter ocorrido emprego de violência com intenso sofrimento para a vítima, resultando lesão corporal de alta gravidade a ser melhor esclarecida pelo laudo médico legal.
Ao serem separados durante os depoimentos formais, o autor confessou ter agredido a criança após ficar irritado com o excessivo choro no final da manhã de sexta-feira.
A mãe se mostrou inerte diante das agressões praticadas contra a criança, inclusive sustentando versão inverossímil no hospital e na apresentação à unidade policial de origem.
O pai foi autuado pelos crimes de tortura e lesão corporal, e a mãe por tortura por omissão, podendo ter a situação jurídica agravada em caso de falecimento da criança.
Ambos foram encaminhados para a audiência de custódia.
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