Capital Fluminense
Polícia Civil indicia Dr. Jairinho por tortura a mais uma criança
Mãe do menino que teve o fêmur quebrado, na época com 3 anos, é indiciada por omissão
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Foto: Divulgação PCERJ
A Polícia Civil indiciou o vereador Dr. Jairinho por mais um crime de tortura contra uma criança, na época com 3 anos. O caso aconteceu em março de 2015 quando o filho de Débora Saraiva, ex-companheira do parlamentar, teve o fêmur quebrado enquanto estava sozinho com Jairinho.
A Delegacia de Criança e Adolescente Vítima indiciou ainda a mãe do menino por tortura imprópria, por ter omitido e não ter protegido o filho. Ambos também podem responder por falsidade ideológica já que, no hospital, o então casal disse que a criança havia sofrido um acidente automobilístico. Em depoimento, Jairinho teria dito que o menino pisou em falso ao descer do carro e, por isso, fraturou o fêmur.
Entretanto, o laudo Instituto Médico Legal, ao qual a Super Rádio Tupi teve acesso, confirma que a lesão foi provocada por uma ação contundente. Além do boletim médico mostrar a fratura, o documento aponta que a criança tinha hematomas nas bochechas e assaduras nos glúteos, o que indicaria uma agressão.
Ex-companheira alega ter sido dopada
A ex-namorada de Jairinho entregou uma foto à polícia na qual estaria sob efeitos de remédios dados pelo vereador. A imagem teria sido tirada pela mãe de Debora após estranhar o comportamento da filha.
Para os agentes, a mulher disse que “encontrou seus netos brincando na varanda do apartamento e sua filha Débora estava deitada em um sofá da sala, parecendo que estava desmaiada; que a declarante tentou conversar com Débora mas essa não respondia corretamente, parecendo estar dopada”. A mãe de Debora relatou ainda que a neta disse: vovó, tem um pozinho branco na taça dela; vem aqui ver”.
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Foto: Divulgação PCERJ
Foi na noite em que a mulher alega ter sido dopada, que o vereador colocou um papel e um pano na boca do filho de Débora e pisou na barriga e tórax do menino. Jairinho ainda teria colocado um saco plástico na cabeça da criança.
Esse é o terceiro caso que o vereador é acusado de torturar uma criança. Em um deles, a Justiça aceitou a denúncia contra agressões a uma menina, entre os anos de 2011 e 2012.
O vereador já está preso por diversos crimes como homicídio triplamente qualificado por causa da morte de Henry Borel, no dia 8 de março
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