Pipito trocava de carro várias vezes para despistar polícia, diz delegado

O miliciano Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, de 33 anos, trocava de carro várias vezes por dia para despistar as autoridades e não ser preso. A informação foi divulgada pela Polícia Civil em entrevista coletiva neste sábado (8).

Nessa sexta-feira (7), antes de ser morto após trocar tiros com os agentes, o miliciano adotou a mesma prática.

“Ele trocava de carro para despistar e não ser pego. Ontem (sexta), antes de encontrarmos, ele trocou quatro vezes (de carro)”, disse o delegado Willian Rodrigues Cavalcante, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizada e Inquéritos Especiais (Draco).

A casa onde ocorreu o confronto ficou com várias marcas de tiros na parede. O imóvel fica na Favela do Rodo em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. No momento da abordagem, Pipito reagiu e houve confronto. Ele foi atingido e socorrido ao Hospital Municipal Rocha Faria, mas já chegou sem vida na unidade.

“(Ele) matou inúmeros pessoas, possíveis sucessores, era um cara extremamente perigoso e violento”, completou o delegado.

Além dele, outros dois milicianos ficaram feridos e precisaram ser socorridos. Eles seriam seguranças de Pipito, estavam fortemente armados e participaram do confronto. Ambos foram detidos, e contra um deles havia um mandado de prisão pendente.

Como forma de represália, três ônibus foram sequestrados e utilizados como barricadas na Avenida Antares, em Santa Cruz. Os carros operavam nas linhas 756 e LECD86.

Em nota, o Rio Ônibus informou que está extremamente preocupado com o aumento da utilização dos ônibus como barricadas, e reitera a necessidade de ações efetivas por parte das autoridades de segurança pública do Rio de Janeiro. Afirmou ainda, que é preciso, com urgência, garantir o direito de ir e vir do cidadão.