PF prende 8 pessoas acusadas de lavar dinheiro por criptoativos para tráfico internacional de drogas - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco

Últimas Notícias

PF prende 8 pessoas acusadas de lavar dinheiro por criptoativos para tráfico internacional de drogas

Mais de 80 agentes cumprem 11 mandados de prisão preventiva nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Publicado

em

Mais de dois milhões de reais [Foto: Divulgação/PF]

A Polícia Federal prendeu oito pessoas na manhã desta quarta-feira (12) acusadas de integrar duas organizações criminosas que praticam lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas. Mais de 80 agentes participam da ação que acontece no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

De acordo com a PF, os grupos movimentaram mais de R$ 2 bilhões nos últimos seis anos. Até o momento, foram apreendidos seis carros de luxo, dois milhões de reais e dois milhões de pesos argentinos. A operação segue em andamento para cumprir outros três mandados de prisão e alguns mandados de busca e apreensão.

Além dos mandados, a 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou o sequestro de bens e valores dos investigados, de intermediários e empresas de fachada. Ao todo foi determinado o bloqueio de aproximadamente R$ 250 milhões. A ação foi nomeada como Operação Bahamut, alusão a uma criatura da mitologia árabe que sustenta a terra. No caso das investigações, os grupos se prestavam a sustentar a articulação financeira ilícita das organizações criminosas.

A investigação da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/RJ) é desdobramento das Operações Tamoios e Brutium, deflagradas no Rio de Janeiro nos anos de 2021 e 2022 e que buscaram reprimir a prática de tráfico marítimo internacional de cocaína do Brasil para a Europa.

De acordo com a Polícia Federal, os dois núcleos, apesar de distintos, tinham formas de atuação semelhantes. Ambos são comandados por estrangeiros e prestavam suporte financeiro aos criminosos. Uma casa de câmbio no Rio de Janeiro foi identificada como responsável por recolher o dinheiro no exterior para pagar traficantes braileiros.

Como funcionava o esquema criminoso:

De acordo com a PF, os criminosos criavam empresas de fachada em nome terceiros e usavam essas organizações para abrir contas para movimentar o dinheiro ilícito. Ao todo, mais de 20 empresas criadas com essa finalidade foram identificadas.

A investigação também apontou a realização de transações financeiras e negociações envolvendo o Brasil e países da Europa, América do Norte e América do Sul. Além de transações com empresas de fachada, a Polícia Federal identificou que os grupos criminosos forneciam o serviço de lavagem de dinheiro por meio de criptoativos.

Alguns alvos da operação ostentavam vida de luxo, moravam em imóveis de alto padrão, dirigiam carros milionários, e realizavam viagens internacionais com frequência. As investigações abrangem crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira e lavagem de capitais, cujas penas, se somadas, podem alcançar 30 anos de prisão.