Rio
PF investiga desvio de R$ 3,5 bilhões em operação contra fraudes no RJ e MG
As diligências ocorrem em endereços ligados aos investigados nas cidades de Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e Rio, além de Juiz de Fora (MG)A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (16), a segunda fase da Operação Teatro Invisível, que investiga um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, com prejuízo estimado em R$ 3,5 bilhões aos cofres públicos. A ação acontece em municípios do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, com o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão.
As diligências ocorrem em endereços ligados aos investigados nas cidades de Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e Rio de Janeiro (RJ), além de Juiz de Fora (MG).
A Justiça também determinou o bloqueio de valores nas contas dos suspeitos, totalizando cerca de R$ 3,5 bilhões, além da suspensão das atividades econômicas de oito empresas envolvidas.
De acordo com a PF, o grupo teria destruído provas digitais para dificultar o avanço das investigações.
Também há indícios de que os investigados usaram recursos não declarados à Justiça Eleitoral com o objetivo de favorecer candidatos nas eleições municipais do ano passado.
Empresas envolvidas em esquema
Outro foco da operação é a suspeita de fraude em licitações realizadas nos municípios de Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e São João de Meriti. As empresas envolvidas são apontadas como parte de um esquema que manipulava concorrências públicas para beneficiar determinados grupos.
Ainda segundo a Polícia Federal, há fortes indícios de lavagem de dinheiro por meio de contas de passagem, movimentação em espécie, empresas de fachada e aquisição de bens de alto valor. A investigação segue em andamento para identificar outros possíveis envolvidos.
Caso sejam condenados, os investigados podem enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 27 anos de prisão.
A investigação é um desdobramento da primeira fase da operação, deflagrada em setembro de 2024.