“Peço força a Deus”, diz pai de jovem morto após ser atingido por árvore na Taquara

João Henrique Lopes, de 17 anos, que morreu soterrado por conta da queda de uma árvore sobre um muro, na Taquara, na Zona Oeste do Rio, sonhava em ser jogador de futebol para mudar a vida da família. A tragédia aconteceu durante o forte temporal que atingiu a cidade na última quinta-feira (10), mas o corpo do adolescente só foi encontrado nesta sexta (11).

Parentes do jovem estiveram no Instituto Médico Legal do Centro, durante a manhã deste sábado (12), para a liberação do corpo. Muito abalado, Rafael Lopes, pai do adolescente falou sobre o ocorrido.

“Era um garoto que tinha o sonho de ser jogador de futebol. Voltou a estudar… e eu tenho que levantar a cabeça juntamente com minha família e pedir força a Deus. minha esposa indo trabalhar, que é perto de lá, com certeza passou onde estava o corpo mas nao sabia que ele estava lá. Aí depois que a gente ficou sabendo que tinha um corpo lá”, disse o pai.

Ainda de acordo com o pai, João era muito querido na comunidade do Jordão, local onde morava.

Adolescente foi retirada dos escombros

O barbeiro Artur Santana conta que no momento da tragédia outra adolescente também ficou presa, mas ninguém sabia que havia outra vítima nos escombros.

“Começou uma chuva muito forte e um vento fora do comum, onde teve a queda da árvore aqui na frente da minha barbearia. Com isso, ouvimos um grito de socorro de uma jovem que estava indo para a escola com um grupo de amigos e ficou presa. Com a queda da árvore, levantou a calçada e o concreto prendeu a perna dela contra a parede. Nós tiramos. Achamos que nao tinha mais ninguém. O grupo de jovens até ficou se perguntando ‘cadê fulano?’ acho que o nome do rapaz era João. Deram falta dele mas acharam que ele já tinha ido embora”, relatou Artur.

Como aconteceu?

O jovem estava a caminho da escola com colegas quando o grupo foi surpreendido pela forte chuva. De acordo com testemunhas, ele se abrigou atrás da árvore, que caiu e atingiu o muro de um condomínio na Estrada Meringuava.

Segundo relatos, no dia seguinte, um morador do condomínio avistou uma perna e o Corpo de Bombeiros foi acionado. O jovem teria ficado preso entre a árvore e o muro e não resistiu.

O trabalho de remoção do corpo durou cerca de 2 horas. Ainda não há informações sobre o sepultamento do estudante.