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Brasil

Para ministro da Educação, resultados do Enem 2019 foram alvo de ‘chuva de fake news’

Abraham Weintraub compareceu ao Senado, nesta terça-feira, para explicar o problema ocorrido na Comissão de Educação

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Abraham Weintraub compareceu ao Senado, nesta terça-feira, para explicar o problema ocorrido na Comissão de Educação (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Abraham Weintraub compareceu ao Senado, nesta terça-feira, para explicar o problema ocorrido na Comissão de Educação
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nesta terça-feira que a divulgação do resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) este ano foi alvo do que chamou de “chuva de fake news”. Convidado para explicar o problema ocorrido na Comissão de Educação (CE) do Senado, Weintraub justificou por que não se pronunciou pessoalmente depois de identificado o problema.

Segundo o ministro, “em respeito à Justiça, que estava avaliando o que houve”, preferiu ficar em silêncio sobre a correção do Enem. Aos senadores,  Weintraub declarou ainda que o erro se deu na gráfica na hora da impressão. Para ele, o mesmo problema pode ter acontecido em outras edições do Enem sem que ninguém ficasse sabendo.

“Não dá pra afirmar (sobre ter acontecido o mesmo erro no passado), nem que sim, nem que não, mas esse tipo de processo pode ter acontecido no passado”, alegou. Segundo o ministro, ao interagir com internautas logo após a divulgação do resultado do Exame, ele mesmo percebeu que havia uma inconsistência no segundo dia de prova e alertou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Os erros, ressaltou o ministro, foram corrigidos antes da abertura das inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Weintraub afirmou que todos os gabaritos dos mais de 5 milhões de inscritos foram checados e rechecados várias vezes utilizando os quatro gabaritos existentes e que, por isso, nenhum estudante foi prejudicado.

Weintraub também disse aos senadores que as pessoas que procuraram o MEC para reclamar de problemas no exame foram divididas em três grupos: o primeiro formado por “militantes, que se faziam passar por um aluno, entravam colocando terror na rede, e a gente descartava”. De acordo com o ministro, outro grupo era formado por pessoas “que não estavam entendendo o processo, e nós orientamos”. O terceiro grupo, segundo ele, “foi o de alunos que foram mal, mas disseram que ‘a culpa era do Weintraub’. Os pais nos procuraram, nós checamos as provas e vimos que haviam tirado a nota mesmo”.

De acordo com o ministro, 5,1 mil estudantes, excluindo os treineiros, foram atingidos. “Estatisticamente o impacto foi irrelevante, mesmo assim o MEC entrou com um processo administrativo contra a gráfica.” Abraham Weintraub acrescentou que já foi aberto novo processo de licitação para a contratação de uma nova gráfica para a realização do exame de 2020.

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