Rio
Operação prende 17 policiais apontados como seguranças do bicheiro Rogério Andrade
Mandados são para 20 policiais militares e um policial penal. Eles são acusados pelo crime de corrupção ativaO Ministério Público do Rio realiza, na manhã desta quarta-feira (20), uma megaoperação para prender 20 policiais militares e um policial penal pelo crime de corrupção ativa. Eles são acusados de formar uma rede de segurança com o objetivo de proteger o bicheiro Rogério Andrade, considerado um dos principais contraventores do país.
Até a última atualização desta reportagem, 17 policiais já haviam sido presos. Também estão sendo cumpridos 50 mandados de busca e apreensão autorizados pela 1ª Vara Especializada em Organizações Criminosas.
Entre os principais alvos está o policial militar Flávio Pereira Moraes. Ele foi preso em um condomínio de luxo, no Recreio dos Bandeirantes, e será encaminhado à Corregedoria-Geral da PM. Ele é investigado por trabalhar na segurança do bicheiro e de atuar no gerenciamento de pontos do jogo do bicho em bairros da Zona Oeste.
A investigações revelaram que os agentes trabalhavam na segurança do contraventor e na expansão de pontos do jogo do bicho em diversas regiões do estado.
Entre os presos há um policial penal. A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) informou que ele estava afastado das funções desde 2016. O homem foi detido em casa.
De acordo com as investigações, o policial penal atuava na segurança privada do bicheiro e recebia auxílio de outros agentes.
Os presos na operação desta quarta foram identificados como:
Carlos Henrique Ferreira; Fabio Rodrigues Cordeiro Souza; Fellipe Cardoso Leitier; Flávio Pereira Moraes; Marco Aurélio Pardal; Valdir Campos Júnior; Alexander Rodrigues da Silva; Nilo Carlos Galvão Sampaio; Leonardo Pacheco Estrela; Rafael da Silva Gomes; Marcos Antônio Alle Teixeira; Fabio Luiz Rebelo Ouro; Alan das Neves Magalhães; Anderson Faria Mereces; Márcio de Araújo David; Anderson de Matos Siqueira e Avimar Gomes Campos.
Desdobramento da operação Calígula
A ação é um desdobramento da operação Calígula, deflagrada em 2022. Na ocasião, Rogério Andrade chegou a ficar preso por quatro meses acusado de comandar organização criminosa que comete corrupção ativa, homicídio, lavagem de dinheiro, extorsão e ameaça através do domínio de território pelo jogo do bicho.
Entre os integrantes da organização estaria o ex-PM Ronnie Lessa, preso por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes.
Rogério, que também é patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, foi solto após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e atualmente usa tornozeleira eletrônica.