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Nômades digitais: Por que são cruciais para a indústria cripto nos dias de hoje?

Nomadismo digital é considerado uma tendência de comportamento mundial

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Denise Cinelli, Country Manager da CryptoMarket no Brasil. Foto Destaque: Mauricio Vega

O Conselho Nacional de Imigração (CNIG), órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, regulamentou em janeiro de 2022, a entrada de nômades digitais no país por meio da concessão de visto para esses profissionais que escolhem o Brasil para residir e exercer sua profissão de maneira remota para empresas sediadas no exterior.

O nomadismo digital é considerado uma tendência de comportamento mundial. Para se ter ideia, em 2022, já somava 35 milhões de adeptos no mundo, com projeção de chegar a 1 bilhão em 2035, segundo relatório global da Fragomen, empresa especializada em migração.

E visando atrair esse público, governos ao redor do mundo têm criado ações de incentivo para facilitar a vinda desses adeptos, como é o caso do Rio de Janeiro que possui um programa especial para atrair esse tipo de turismo, recepcionando esses trabalhadores com vantagens e benefícios e aproveitando para fomentar a economia local.

“Na gestão de pessoas e no planejamento estratégico de crescimento da CryptoMarket, descobrimos que ter funcionários nômades digitais era crucial nesse setor, possibilitando o acesso à alguns benefícios, como o acesso a mercados globais, possibilidade de brindar um suporte 24/7 sem turnos exaustivos para a equipe, devido a diferença de hora entre alguns países e a conectividade com o mercado de cada região, nos deixando mais próximos ao comportamentos dos usuários de cada país, além das regulamentações e um entendimento mais profundo de como funciona cada mercado. Sem contar que os custos operacionais podem ser reduzidos e também existe uma flexibilidade para dimensionar a equipe de acordo com a demanda.” comentou Denise Cinelli, country manager no Brasil.

A maior plataforma de criptomoedas da América Latina hoje possui mais de 50 funcionários que estão divididos entre Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, Peru, Irlanda, Venezuela, Espanha e não se importa com a localização do funcionário como um requisito para contratação ou permanência na empresa.

Depois da pandemia, esse estilo de vida de pessoas que utilizam a tecnologia para trabalhar remotamente, seja enquanto viajam, ou realmente gostam de se deslocar com frequência para conhecer novos lugares, atrai cada vez mais pessoas que já não conseguem estar presas a um local de trabalho físico fixo.

Essa tendência ganhou força por vários fatores, como a busca por qualidade de vida, custo de vida variável, flexibilidade no trabalho e principalmente a possibilidade de trabalhar para empresas de outros países, que pagam em dólares, aumentando assim o ingresso desses trabalhadores.

Todavia, isso gerou um crescimento acelerado de startups, que com a globalização desse modelo de trabalho, conseguiram acessar a profissionais excelentes, sem a restrição de barreiras geográficas.

“E o interessante é que, tanto as empresas, quanto os profissionais, entenderam que a melhor maneira de realizar o pagamento do salário desses trabalhadores era em criptomoedas. Facilita a transação em termos de agilidade, segurança e custos, já que dessa forma é muito mais econômico do que pelos meios tradicionais de envio. E além disso promove a inclusão financeira desse trabalhador que muitas vezes não está estabelecido ainda no local e não possui acesso ao sistema financeiro regional por não contar com a documentação necessária”, explica Cinelli.

Liberdade de ir e vir, globalização e crescimento para as empresas, menos custos operacionais e quebra de barreiras é o que proporciona o nomadismo digital, que já é uma realidade e uma tendência a ser cada vez mais adotada por trabalhadores ao redor do mundo, assim como a adoção das criptomoedas.

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