'Não sou psicólogo': Mãe de Kathlen Romeu relata descaso de promotor - Super Rádio Tupi
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Capital Fluminense

‘Não sou psicólogo’: Mãe de Kathlen Romeu relata descaso de promotor

Morte de jovem, que estava grávida de 3 meses, completa 10 meses nesta sexta (08)

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Familiares de Kathlen Romeu fazem manifestação no dia em que morte de jovem completa 10 meses
Familiares de Kathlen Romeu fazem manifestação no dia em que morte de jovem completa 10 meses - Foto: Tatiana Campbell/Super Rádio Tupi
Familiares de Kathlen Romeu fazem manifestação no dia em que morte de jovem completa 10 meses

Familiares de Kathlen Romeu fazem manifestação no dia em que morte de jovem completa 10 meses – Foto: Tatiana Campbell/Super Rádio Tupi

Familiares e amigos de Kathlen Romeu realizaram, nesta sexta-feira (08), em frente ao Ministério Público do Rio, no Centro da cidade, para cobrar pelo andamento do processo 10 meses após a morte da jovem, de 24 anos, que estava grávida de 3 meses.

Kathlen deixava o Complexo do Lins, na Zona Norte, junto com a avó, quando foi atingida por um tiro de fuzil no peito. A polícia já concluiu, em dezembro do ano passado, que o disparo partiu de policiais militares, mas até agora o Ministério Público não denunciou ninguém a Justiça. Inclusive a mãe de Kathlen, Jackeline Lopes, disse que o promotor Alexandre Murilo Graça teria a tratado com descaso.

“Ele falou: ‘olha, o que você quer eu não posso te dar’. Não adianta você ficar chorando, eu não sou psicólogo’. Ai depois falou ‘é, eu vi lá. Sua filha era muito bonita, mas..’. Isso foi uma das falas, eu não lembro de todas. Eu sai, mais uma  vez, destruída, mais uma vez aquele tiro de fuzil me matou. A Polícia Civil entregou o laudo em dezembro, porque a Auditoria Militar acusou e ele não?. E uma coisa muito importante que ele falou pra mim: ‘eu posso arquivar, mas fique tranquila. Se eu arquivar o seu advogado e o procurador podem recorrer'”.

Por meio de nota, o promotor Alexandre Murilo Graça, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, afirma “compreender o sentimento de dor de uma mãe que perdeu sua filha durante uma operação policial. Reafirma seu compromisso em elucidar o caso e esclarece que, para que a denúncia seja oferecida, é necessária a colheita de todas as provas. Neste sentido, pontua, ainda, que a apresentação de uma inicial acusatória mal instruída, não completa, traz como consequência prejuízos não somente para as partes, mas também para toda a sociedade, em sua busca por Justiça”.