Mulher tem mão e punho amputados após dar à luz em hospital de Jacarepaguá

Uma mulher teve a mão e o punho esquerdos amputados após dar à luz. A família contou que não sabe o que aconteceu e pediu explicações para a unidade de saúde.

Aos 24 anos, a grávida deu entrada no Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, no último dia 9 de outubro, para ter o bebê. O filho nasceu após um parto normal realizado no dia 10 de outubro..

A paciente teve uma hemorragia depois do parto, o que fez os médicos decidirem por colocar um acesso venoso na mão dela para introduzir a medicação. Durante o procedimento, a mulher passou a sentir um incômodo muito forte no local.

Inchaço na mão e amputação do membro

O desconforto não passava e se transformou em um inchaço na região, com a mão ficando roxa. Depois do quadro de saúde da paciente se agravar, ela foi transferida para outra unidade da mesma rede de hospitais, em São Gonçalo.

Três dias depois do parto, a mulher seguia no CTI e os médicos informaram aos familiares que a jovem teria que amputar a mão. A advogada da vítima informou que ela não recebeu nenhuma assistência do hospital e o membro amputado ainda sumiu.

“Até hoje a gente não tem nenhum contato do hospital, nenhuma resposta sobre o que de fato aconteceu. Não houve nenhuma apuração, ninguém explicou pra família, nem no momento e nem antes da cirurgia. Em nenhum momento houve alguma explicação por parte deles e dos médicos que a atenderam sobre o que aconteceu tanto com a hemorragia, quanto a perda do membro”, disse a advogada Monalisa Gagno.

Em dezembro, a mulher precisou voltar ao hospital para retirar um material que teria ficado dentro da jovem depois da amputação. A paciente só descobriu porque teve um novo sangramento. A equipe médica não soube explicar o que era exatamente, porque não tinham um exame de imagem para analisar o membro dela.

Nota do hospital

O Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá disse em nota que solidariza com a vítima e lamenta o ocorrido. De acordo com a unidade, o caso vai ser apurado e a unidade está à disposição da paciente para esclarecimentos.

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 41ªDP (Tanque) como lesão corporal culposa, que está ouvindo testemunhas e que pediu os documentos médicos para ajudar nas investigações.